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Bloco: Mandela nunca foi neutro, implicou-se, tomou partido
O Bloco de Esquerda destacou o grande exemplo deixado por Nelson Mandela de combate convicto pela dignidade de todas as pessoas. “Mandela nunca se absteve diante de uma história que o condenava a ficar esmagado, nunca foi neutro, implicou-se, tomou partido", afirmou José Manuel Pureza à Lusa.
O dirigente do Bloco sublinhou que o antigo Presidente da África do Sul e líder histórico do ANC "sabia que ia pagar um preço altíssimo" por essas escolhas "e deu a vida por essas convicções, esses valores, essa política".
As escolhas de Mandela mudaram o mundo, recordou Pureza. “Mudaram o mundo de racismo de 'apartheid', de respeito pelos direitos fundamentais de todas as pessoas".
"Queremos lembrar nesta altura que isso lhe valeu a condenação à prisão perpétua e ser considerado como perigoso terrorista internacional, se calhar, por muitos que hoje lhe tecem hinos e louvores", declarou.
Alcançámos apenas a liberdade de sermos livres
Numa nota publicada no Facebook, Francisco Louçã também se referiu a Mandela:
“Não sei o que cada um e cada uma lembraria então deste homem”, escreveu. “Uns, o seu compromisso com a luta armada contra o apartheid, porque mudou tudo. Outros, a sua vontade de libertar o oprimido e de libertar o opressor, porque mudou o necessário. Outros talvez a resistência de uma vida inteira na prisão, porque foi tudo. Alguns certamente a sua paixão pela liberdade”.
E Louçã recordou uma frase do final da autobiografia de Mandela: "A verdade é que não somos ainda livres; alcançámos apenas a liberdade de sermos livres, o direito a não sermos oprimidos. Não demos o último passo na nossa viagem, mas sim o primeiro de uma estrada ainda mais comprida e difícil".
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