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Troika quer mais cortes salariais no setor privado

A troika está insatisfeita com as reduções salariais no privado e pretende que Portugal vá mais longe. Segundo o grupo que agrega FMI, BCE e Comissão Europeia, o país deve baixar ainda mais os salários no privado, reduzir descontos sociais e diminuir o valor do salário mínimo para os jovens.
FMI, BCE e Comissão Europeia querem forçar novas alterações ao Código do Trabalho, para reduzir ainda mais os salários. Foto de Paulete Matos

A troika regressa esta quarta-feira para a décima avaliação do programa de ajustamento, com a pretensão de voltar a discutir reduções salariais no setor privado.

FMI, BCE e Comissão Europeia querem forçar novas alterações ao Código do Trabalho, para reduzir ainda mais os salários, os descontos sociais para os novos contratos de trabalho e a descida do valor do salário mínimo para os jovens ou primeiros anos de trabalho.

Recorde-se que em 2011, a troika recomendou aos patrões portugueses para aplicar cortes salariais aos seus empregados, semelhantes aos que o Governo aplica na função pública.

“A fim de melhorar a competitividade de custos de mão-de-obra, os salários do setor privado deverão seguir o exemplo do setor público e aplicar reduções sustentadas”, lê-se no comunicado emitido na altura pelos representantes da troika em Portugal.

Jürgen Kröger, o representante da Comissão Europeia, explicaria posteriormente, numa conferência de imprensa em Lisboa, que a recomendação às empresas para cortar salários resulta do “problema de competitividade muito forte” que existe no país.

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