You are here
Milhares marcharam em Paris por "uma revolução fiscal"
A manifestação, convocada pela Front de Gauche (Frente de Esquerda), que reúne o Parti de Gauche, o Partido Comunista Francês e outros agrupamentos da esquerda francesa, contou com cerca de 100 000 pessoas, segundo a organização. No entanto, a polícia diz que não estiveram presentes mais de 7000 manifestantes.
Segundo um comunicado do Parti de Gauche, os números da polícia são “absurdos” e foram “ditados” por Manuel Valls, ministro do Interior. A disparidade entre os dados demonstram “o medo que nós causamos neles”, afirmam.
Os manifestantes agitaram bandeiras com as cores do Parti de Gauche, do PCF e da Front de Gauche e outros carregavam vassouras. Marcharam durante duas horas entre a Place d’Italie e Bercy, onde se situa a sede o ministério das Finanças, para expressar uma “oposição de esquerda” forte contra a política fiscal de Hollande.
À cabeça da manifestação, com uma faixa onde se lia “contra a injustiça fiscal, imposto sobre o capital e não ao aumento do IVA”, estavam os co-presidentes do Parti de Gauche, Jean Luc Mélenchon e Martine Billard, o secretário-geral do PCF, Pierre Laurent, Clementine Autain, dirigente da Front de Gauche, o ex-candidato presidencial da Lutte Ouvriére, Nathalie Arthaud. Olivier Besancenot do NPA e vários setores da central sindical CGT também participaram na ação de protesto.
“Somos pessoas de esquerda, somos altruístas e dói-nos por dentro ver que, quem como nós, sempre lutou pela igualdade, são de alguma forma marginalizados, e as pessoas que defendem interesses particulares ocupam o espaço todo”, disse Mélenchon à TF1, pouco antes do arranque da manif, em alusão ao protesto das “boinas vermelhas” que marcharam no sábado em Carhaix na Finisterra.
Mélenchon apelou aos seus parceiros da Front de Gauche e a “todas as forças sindicais, políticas e associativas” a juntarem-se a fim de “pensar em campanhas de mobilização pela anulação do aumento do IVA”, que deem corpo a uma “ação de massas” em janeiro de 2014.
“O inimigo não é o imigrante, não é o funcionário, não é o trabalhador rebelde!”, defendeu no seu discurso de encerramento. “Nós não nos confundimos na raiva! O inimigo é só um: a finança francesa e globalizada que beneficia da corrupção e do sangue sem limites”.
“Nós somos a manhã que se levantará em 1788!”, declarou o ex-candidato presidencial, fazendo um paralelo com a injustiça fiscal que levou à revolução francesa.
O sistema fiscal tem estado no cerne de um alargado descontentamento social em França, tendo dado origem a vários protestos e movimentações diferentes.
Comments
A França vai precisamente
A França vai precisamente pelo mesmo caminho que o governo em Portugal, o parlamento é uma cópia fiel do centro de corrupção aproveitado pelos deputados do Ps de Hollande para comporem leis a sua maneira. Infelizmente o Ps de esquerda é um partido a semelhança de Portugal com a suas setas numa orientação de direita de apoio ao fascismo e ao capitalismo. A pouco e pouco vão criando leis que promovem o desemprego e o aumento de impostos e com duplicação de impostos um cima do outro como é o caso da taxe de habitation e da taxe fonciere que além de ser uma aberração no valor é um imposto em cima de outro. Uma aberração. Agora para cumulo preparam-se para aumentar a TVA ( igual ao IVA ) em Portugal embora o valor ""ainda"" esteja em 19.6 e querem passar para 20%. Melenchon ainda é o unico com 2 olhos na testa um esquerdista nato que não se cala e diz aquilo que tem de ser dito quando o assunto é corrupção governamental. Há poucos dias numa entrevista " curta" nas manhãs da BFM TV, com Jean Jacques Bordin; Melenchon denunciou a politica de aumento de impostos. Em França não chamam de austeridade, dizem apenas crise!!, porque sabem que se disseram austeridade a França fica a ferro e fogo. Por isso MArine Le Pen tem subido nas eleições porque no gene dos franceses está uma coisa que os portugueses não teem. Sangue quente! Mas Marine é radical e Melenchon é sensato.
Agora que o Muro de Berlim
Agora que o Muro de Berlim foi para o galheiro, e perdido o medo, o capitalismo começa a deixar cair a sua face humana, para mostrar o verdadeiro lado predador. Faz mesmo lembrar os séculos passados da Revolução Industrial, e a exploração de toda a gente.
Add new comment