You are here

Bloco pede explicações sobre negócio da Controlinveste

A compra de um dos maiores grupos de comunicação portugueses pelo capital angolano levou o Bloco de Esquerda a requerer explicações de Poiares Maduro sobre a independência e transparência da propriedade dos media em Portugal.
Foto detengase/Flickr

O requerimento entregue esta semana segue-se à confirmação do negócio entre o empresário angolano António Mosquito, os bancos credores da Controlinveste e o empresário Joaquim Oliveira. A partir de agora, o grupo que detém os jornais Diário de Notícias, Jornal de Notícias, O Jogo, Açoriano Oriental, Diário de Notícias da Madeira, Jornal do Fundão, a rádio TSF e as revistas Volta ao Mundo e Evasões, passa a ter como acionistas António Mosquito, Joaquim Oliveira (ambos com 27,5% do capital) o BCP, BES e Luís Montez, o empresário genro de Cavaco Silva, todos com 15% do capital.

O requerimento assinado pela deputada bloquista Cecília Honório lembra a audição com Poiares Maduro, em que este anunciou como "prioridade legislativa" do Governo a definição de regras claras “quanto à transparência da titularidade dos meios de comunicação social”. Para o Bloco, "as relações de poder económico, provenientes de um regime não democrático, que acedem aos órgãos de comunicação social de referência de Portugal são um elemento de preocupação absoluta", razão pela qual exige saber o que o ministro tem agora a dizer sobre o assunto. Em especial, se considera "que estão garantidos todos os requisitos de pluralidade e independência dos órgãos de comunicação social da Controlinveste com esta alteração da estrutura acionista".

A par deste pedido de explicações, o Bloco também exige a divulgação da "informação atualizada sobre a estrutura acionista da Controlinveste e restantes meios de comunicação social no âmbito do Portal da Transparência, incluindo todas as alterações acionistas decorridas nos últimos 12 meses".

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Política
(...)