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Berlusconi foi expulso do Senado italiano

O presidente do Senado italiano, Pietro Grasso, anunciou esta quarta feira a expulsão de Silvio Berlusconi, na sequência da sua condenação a quatro anos de prisão por fraude fiscal no âmbito do caso Mediaset. “Il Cavalieri” assegura que irá manter atividade política.
Foto Ulisse75/Flickr

Após terem sido declinadas, em várias votações sucessivas, nove propostas que visavam evitar que fosse aplicada a “Il Cavalieri” a chamada "lei Severino", aprovada pelo anterior governo de Mario Monti, e que prevê a expulsão do Parlamento dos condenados a penas superiores a dois anos de prisão, o presidente do Senado, Pietro Grasso, anunciou a decisão de afastar Berlusconi.

O ex primeiro ministro, que fica agora inibido de se candidatar a cargos políticos durante seis anos, promete, contudo, continuar a comandar o partido Povo da Liberdade (PdL) e assegura o seu empenho em lutar para mudar a Constituição e “ensinar os eleitores a votar".

“Não vou entrar para um convento. Estamos aqui e vamos continuar aqui. Há outros líderes que não estão no Parlamento, como Renzi [candidato à liderança do PD] e Grillo [líder do Movimento 5 Estrelas]”, frisou.

"É altura de deixarmos os cidadãos escolherem o seu próprio Presidente", afirmou ainda Berlusconi, dando a entender no seu discurso que poderá estar no seu horizonte uma candidatura presidencial.

O Partido Democrata do atual primeiro ministro italiano Enrico Letta, o Movimento 5 Estrelas do comediante Beppe Grillo e o grupo Eleição Cívica do ex primeiro ministro Mario Monti defenderam a expulsão de Silvio Berlusconi.

Já o partido de Berlusconi, Povo da Liberdade (PdL), a Liga Norte e o grupo Novo Centro-Direita, liderado pelo vice primeiro ministro italiano, Angelino Alfano, opuseram-se à medida.

Mediante a sua expulsão do Senado, Berlusconi perde a imunidade parlamentar, e enfrenta ainda vários processos judiciais, podendo, inclusive, vir a cumprir, efetivamente, pena de prisão tanto por corrupção como por abuso de menores.

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