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Merkel chega a acordo com o SPD para formar “grande coligação” de governo
A CDU, a sua correspondente bávara CSU e o SPD chegaram a um consenso, após mais de um mês de reuniões e dois meses depois das eleições alemãs, que deixaram o partido de Merkel a cinco lugares da maioria absoluta.
Porém, o acordo precisa de superar um último obstáculo: o referendo interno do SPD. O ainda partido da oposição comprometeu-se a consultar os 470 mil militantes sobre um eventual acordo de coligação. Caso o escrutínio seja positivo – o resultado da consulta deverá ser conhecido a 14 de dezembro – Merkel será investida pelo Bundestag a 17 do mesmo mês, com os votos favoráveis de 504 dos 631 deputados.
O pacto de governo incluiu melhorias no sistema de pensões e duas questões chave para o SPD: um salário mínimo interprofissional de 8,5 euros por hora, fixado por lei a partir de 2015 e um compromisso para ser permitida a dupla nacionalidade. A CSU conseguiu que a sua reivindicação de uma taxa para veículos estrangeiros que andam nas autoestradas alemãs também fosse incluída.
Merkel vai liderar uma “grande coligação” pela segunda vez. A fórmula já tinha sido encontrada para o seu primeiro mandato como chanceler (2005-2009). Na última legislatura, Merkel optou por governar com os liberais do FDP, que nas eleições deste ano ficaram fora do Bundestag ao não superarem a cláusula barreira dos 5% de votos exigidos para entrar na câmara.
Ao formalizar-se o acordo, o Die Linke passará a maior partido da oposição com 64 deputados, seguido pelos Verdes com 63, que chegaram a reunir com Merkel para encontrar uma solução de governo.
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