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Falta de reclusos encerra quatro prisões na Suécia
"Temos assistido a uma queda do número de reclusos fora do normal", disse ao diário britânico Guardian o responsável pelos serviços prisionais suecos. Nils Öberg mostrou-se satisfeito por esta "oportunidade para encerrar uma parte da nossa infraestrutura de que não temos necessidade nesta altura".
A Suécia assistiu a uma queda constante de cerca de 1% na sua população prisional desde 2004, mas a queda acentuou-se nos últimos dois anos, rondando os 6%. Ao todo, em 2012 estiveram presos 4852 pessoas na Suécia, que conta com 9,5 milhões de habitantes. Ou seja, pouco mais de um terço dos reclusos que passaram pelas prisões portuguesas no ano passado.
Em resultado da queda de reclusos, os serviços prisionais suecos encerraram as prisões de Åby, Håja, Båtshagen, and Kristianstad. Para Nils Öberg, por detrás do súbito "desaparecimento" dos presos pode estar a política focada na reabilitação dos condenados, que tem mostrado bons resultados na prevenção da reincidência nos crimes. Mas também as mudanças na lei das drogas, tradicionalmente dura, no sentido da redução das penas por consumo, contribuiu para o fenómeno.
"Ainda não podemos tirar a conclusão de que se trata de um fenómeno de longo prazo ou de uma mudança de paradigma", prosseguiu Öberg, manifestando a certeza de que "a pressão sobre o sistema de justiça criminal diminuiu significativamente nos últimos anos".
A situação na Suécia contrasta com o que se passa em Portugal, onde a fuga de três reclusos de uma prisão de Castelo Branco no passado domingo trouxe novamente a primeiro plano a situação das cadeias sobrelotadas. Segundo as estatísticas da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, estavam 13.504 reclusos nas prisões portuguesas no último dia de 2012, dos quais 738 eram mulheres e 1977 aguardavam julgamento. Trata-se de um aumento de 6,1% em relação a 2011, tendo entrado no ano passado mais 823 reclusos. A taxa de ocupação nos Estabelecimentos Prisionais é de 118,8%, sendo a sobrelotação maior nas prisões regionais, com 139,7%.
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Apesar dos ataques
Apesar dos ataques Neo-liberais à Suécia e outros países escandinavos, estes ainda se vão aguentando como dos países mais progressistas do munndo.
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