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Argentina: kirchnerismo tem vitória tímida
A Frente Para a Vitória (FPV), que apoia a presidente Cristina Kirchner, manteve a maioria do Congresso Nacional argentino ao obter 33,2% dos votos a nível nacional nas eleições realizadas domingo.
A eleição foi para renovar metade das cadeiras da Câmara dos Deputados, um terço do Senado e para eleger deputados provinciais em dez das 24 províncias do país.
O peronismo dissidente ficou em segundo lugar, com 25,1% dos votos, e a coligação que reúne a UCR (União Cívica Radical), socialistas e centristas ficou logo a seguir, com 24,6%, seguida à distância pelo conservador Partido Proposta Republicana (PRO), com 7,6%
A Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT) conseguiu um resultado histórico e elegeu pela primeira vez três deputados nacionais e pelo menos oito provinciais, com cerca de 1.150.000 votos. “Entramos como bloco no Congresso, mas como não somos candidatos que aparecem só para uma eleição, vamos continuar a lutar cada dia por uma saída de fundo e um governo dos trabalhadores”, disse Christian Castillo, do Partido dos Trabalhadores Socialistas (PTS), um dos integrantes da Frente, eleito deputado provincial.
Governo mantém-se
A nova composição do Congresso permite a governabilidade do governo kirchnerista, mas deixa muitas incógnitas para a sucessão, dentro de dois anos. E isto porque a coligação kirchnerista acumulou derrotas em províncias importantes.
Na província de Buenos Aires, onde votam quase 4 em cada dez argentinos, venceu o peronista dissidente Sergio Massa, com 43,9% face aos 32,1% da FPV. Massa, atual presidente da câmara de Tigre, já anunciou a sua candidatura ao governo.
O kirchnerismo perdeu também noutras províncias importantes, como Córdoba, para o peronismo dissidente, e Santa Fé para o deputado socialista Hermes Binner, da coligação radical-centrista.
Na cidade de Buenos Aires, venceu o presidente da câmara Mauricio Macri, conservador do PRO, que também anunciou a candidatura à Presidência.
Os dados da próxima eleição presidencial de 2015 baralham-se porque Cristina Kirchner não pode concorrer à segunda reeleição.
Comments
Também tu, esquerda.net ? Os
Também tu, esquerda.net ?
Os resultados da votação definiram o apoio político inequívoco à presidenta Cristina Kirchner nos dois últimos anos de seu segundo mandato. Foi a Frente Para a Vitória (FPV) que ganhou as eleições. Os resultados locais são utilizados pelos descontentes para tapar o apoio popular generalizado à corrente progressista que varre a América Latina. As solidariedades partidárias são respeitáveis, senhores, mas a solidariedade com os povos da região deviam estar acima disso - se não querem que esteja ao lado.
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