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10 polícias militares do Rio de Janeiro acusados de tortura e morte de Amarildo

O pedreiro da Favela da Rocinha que a polícia levou numa rusga em julho nunca mais apareceu, levantando uma onda de indignação no Rio de Janeiro. O inquérito policial concluiu que Amarildo terá sido torturado e morto pela polícia, que depois escondeu o cadáver.
O desaparecimento de Amarildo de Souza provocou consternação na favela da Rocinha e um movimento de solidariedade em todo o Brasil. Foto Raphael Tsavkko Garcia/Flickr

Dez agentes da Polícia Militar, entre os quais o ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha, estão agora indiciados dos crimes de tortura, homicídio e ocultação de cadáver, informa o jornal Brasil de Fato. A acusação deverá surgir nos próximos dias e não representa nenhuma surpresa para os familiares de Amarildo de Souza.

Depois de ser identificado pela polícia numa rusga na favela da Rocinha, Amarildo Dias foi levado para a sede da UPP juntamente com outras 30 pessoas. A esposa chegou a ir lá e viu Amarildo, que lhe disse que a polícia tinha ficado com os documentos. Em seguida, um agente disse-lhe que ele voltaria rápido a casa e que não o podiam esperar aí. Mas Amarildo nunca regressou.

Após o desaparecimento, a polícia manteve a mesma versão. Segundo o advogado da família, "os policiais que prenderam Amarildo disseram que depois de ouvi-lo o libertam para ir para casa na noite de 14 de julho. Inclusive, o major Edson disse que cumprimentou Amarildo e entregou os documentos a ele". Apesar das duas câmaras de vigilância estarem desligada, há uma terceira em funcionamento a poucos metros da saída da esquadra da polícia. A ausência de imagens de Amarildo a sair da esquadra desmentiu a versão policial e foi determinante para que a acusação possa avançar contra os polícias.

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