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CGTP e UGT unem-se em protesto contra a privatização dos CTT

Esta quarta feira, Arménio Carlos e Carlos Silva participaram num protesto que teve lugar em Évora e que contou ainda com a presença de cerca de 250 sindicalistas de toda a Europa. O secretário geral da CGTP acusou o Governo de praticar “um crime contra a economia e contra o serviço público”. Já o líder da UGT defendeu que “a liberalização não pode valer tudo”.
Foto de Paulete Matos.

“Não podem dizer que os CTT dão prejuízo. É que esta [empresa] até dá lucro. Então, porque é que a vão vender”, interrogou o líder da CGTP. “Ora, aqui está mais um crime contra a economia e contra o serviço público”, frisou.

Segundo defendeu Arménio Carlos, o Estado devia, isso sim, “ficar com uma empresa lucrativa”, continuando “a prestar um serviço público de qualidade e, simultaneamente, a tirar os dividendos da riqueza que a empresa cria para fazer novos investimentos no desenvolvimento económico e social do país”.

O representante da intersindical fez ainda referência à privatização da Rodoviária Nacional, lembrando os prejuízos que a mesma causou às populações, sobretudo as do interior, e lamentou que o Governo não só não aprenda com os erros, como insista em “cometer os mesmos erros”, o que só “acentua a desertificação e as assimetrias” do país.

Já o líder da UGT salientou que “a liberalização não pode valer tudo” e evocou os “fortíssimos lucros para a economia nacional” que os CTT têm dado “nos últimos anos”.

Carlos Silva alertou ainda para o facto de o Governo não ter em consideração que, “além do serviço público de excelência que presta e de proximidade aos cidadãos, põe em causa muitos postos de trabalho”.

O protesto, que teve lugar em Évora, contou ainda com a presença de cerca de 250 sindicalistas de toda a Europa, que estão na cidade alentejana até ao final da semana, numa conferência sobre o setor.

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