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Mais antiga universidade da Grécia suspende as atividades

Cortes orçamentais do governo forçam a Universidade Nacional e Capodistriana de Atenas, fundada em 1837, a suspender a sua atividade "perante a incapacidade de educar, investigar e gerir"os seus 125 mil estudantes e dois mil professores. A Universidade Politécnica de Atenas toma a mesma decisão.
Edifício da Universidade de Atenas. Foto de A. Savin, Creative Commons

A Universidade Nacional e Capodistriana de Atenas a mais antiga da Grécia – fundada em 1837— decidiu suspender a sua atividade "perante a incapacidade de educar, investigar e gerir" a maior universidade da capital do país, com 125 mil estudantes e dois mil professores.

A universidade declarou-se "incapaz de matricular novos alunos, celebrar exames, entregar diplomas e, em geral, de qualquer atividade académica".

A histórica Universidade Politécnica de Atenas, um símbolo de resistência contra a ditadura militar que vigorou entre 1967-73, tomou a mesma decisão.

Mobilidade especial

O motivo para a drástica medida foi o ministério da Educação grego ter incluído mais de um terço do pessoal administrativo de ambas as universidades no plano de mobilidade especial, medida acordada com a troika no âmbito do apoio financeiro internacional.

Este plano de mobilidade estabelece como meta a colocação de 25 mil funcionários públicos neste regime, com um corte de 25% do salário até que encontrem novo emprego no prazo de oito meses. Se não encontrarem trabalho até lá, são despedidos.

O conselho da Universidade Nacional, fundada em 1837, acusou o governo de Samaras de "minar com as suas decisões a educação superior das novas gerações de gregos, a maior esperança do país para superar a crise social e económica".

Duas greves gerais de 48 horas

A resposta dos funcionários públicos de todo o país foi a realização de duas greves gerais de 48 horas numa semana, a segunda das quais se realiza esta terça e quarta-feiras. Em comunicado, o Conselho da Universidade Nacional acusa o executivo de Samaras de “minar com as suas decisões a educação superior das novas gerações de gregos, a maior esperança que temos para superar a crise social e económica que afeta o nosso país”.

A universidade de Atenas afirma que vai recorrer aos tribunais para defender os seus direitos constitucionais e os tratados internacionais de Educação superior no espaço único europeu.

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