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“Governo é recordista em incorreções factuais”

"Há muitos jogos com palavras. Se não dizer a verdade é uma incorreção factual, este Governo é recordista em incorreções factuais", afirmou a coordenadora do Bloco em Barcelos, referindo-se à reação de Rui Machete. Perante a divulgação da prova que mentiu ao parlamento em 2008, o atual ministro dos Negócios Estrangeiros justificou a mentira, dizendo que cometeu uma “incorreção factual”.
Catarina Martins lembrou também que "Passos Coelho disse ‘comigo, quem mente sai', mas o Governo ainda lá está". E sublinhou: “Mais uma 'incorreção factual'"

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, interveio num comício realizado neste sábado em Barcelos no Largo da Porta Nova. No comício intervieram ainda José Maria Cardoso (candidato à Câmara Municipal), Mário Costa (candidato à Assembleia Municipal), Inês Martins (mandatária para a juventude) e José Ilídio Torres (mandatário concelhio).

Na sua intervenção, Catarina Martins lembrou também que "Passos Coelho disse ‘comigo, quem mente sai', mas o Governo ainda lá está". E sublinhou: “Mais uma 'incorreção factual'". Recordou ainda que Passos Coelho prometeu o regresso de Portugal aos mercados a 23 de setembro, na próxima segunda-feira, e "o que vemos é Portugal a negociar um segundo resgate", “outra incorreção factual”, salientou.

Enumerando outras “incorreções factuais”, a coordenadora do Bloco de Esquerda lembrou que Maria Luís Albuquerque afirmou que "nunca tinha tido nada a ver" com os contratos ‘swap’, "quando afinal tinha tudo a ver".

Em relação a Paulo Portas, a coordenadora do Bloco apontou as "incorreções factuais" relacionadas com o caso da sua demissão "irrevogável" e da linha vermelha no corte de pensões. Portas ficou no Governo e prepara-se para caucionar um corte nas pensões, disse a deputada, sublinhando que "este é, todo ele, um Governo de incorreções factuais".

Catarina Martins concluiu que o dia 29 de setembro deve ser "o dia da correção", "será o dia da correção, de chumbar este Governo e de repor a decência na política", frisou.

 

A coordenadora do Bloco de Esquerda afirmou ainda: “No dia 29 de setembro, todos temos o mesmo poder. Temos todos na mão o poder de dizer que não a uma política que tem sido desastrosa para o nosso país”.

Catarina Martins lembrou também que “foram destruídos 400.000 postos de trabalho nestes dois anos de política da troika”. “Mais de 40% dos jovens estão desempregados em Portugal. Ao mesmo tempo os mais velhos veem as suas pensões serem cortadas uma e outra vez porque sabemos que, neste Orçamento do Estado, lá quer o governo cortar mais um pouco as pensões”, recordou a deputada.

“O governo tenta pôr gerações contra gerações, ou pôr trabalhadores do privado contra o público, ou pôr trabalhadores reformados contra trabalhadores no ativo, e quando o faz, sempre corta em todos. Corta nos salários, corta nas pensões de todos, público e privado. Corta na dignidade de quem tem uma vida de trabalho, ao mesmo tempo que corta na possibilidade de futuro de quem hoje é jovem”, destacou a deputada.

A coordenadora do Bloco realçou ainda que, no dia 29, “não votamos apenas contra a direita, votamos também pela alternativa”. “Por uma alternativa que seja capaz de dizer não a quem tem feito a sangria do país. Que seja capaz de assumir que a dívida tem que ser renegociada, como dizem todos os economistas, da esquerda à direita, para que possa ser possível criar emprego”, rematou Catarina Martins.

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