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Dilma adia visita aos EUA até receber explicações sobre espionagem ao Brasil

No encontro entre Dilma e Obama, à margem da reunião do G20 em São Petersburgo, o presidente norte-americano prometeu dar todas as explicações até quarta-feira da semana passada sobre a espionagem eletrónica às comunicações da presidente do Brasil e de outros membros do seu governo, a par de empresas estratégicas como a petrolífera Petrobras. Falhado esse prazo, Dilma Rousseff anunciou em comunicado que "não estão dadas as condições para a realização da visita na data anteriormente acordada" por não ter recebido ainda de Obama uma "apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação".
"As práticas ilegais de interceptação das comunicações e dados de cidadãos, empresas e membros do governo brasileiro constituem fato grave, atentatório à soberania nacional e aos direitos individuais, e incompatível com a convivência democrática entre países amigos", acrescenta a nota publicada pela presidente do Brasil, que já anunciou que irá dedicar a intervenção de abertura na próxima Assembleia Geral das Nações Unidas à questão da segurança e privacidade na internet, defendendo uma gestão internacional das comunicações ao invés do interesse comercial que é permeável às pressões dos países mais poderosos e põe em causa direitos fundamentais dos cidadãos.
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