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Hollande, Obama e a Síria
Hollande tem a força militar francesa pronta para alinhar no bombardeamento a Damasco. Aguarda apenas o relato dos inspetores da ONU, que entretanto já desvalorizou, para que as hostilidades comecem. Em cumplicidade com Obama e os generais dos USA, com o secretário-geral da NATO, Hollande invoca o uso de armas químicas, alegadamente gás sarin, para punir os assassinos. A utilização dessas e de outras armas só pode merecer o repúdio da humanidade. Mas será disso que se trata, dando de barato a veracidade da acusação?
Ambos, Hollande e Obama, apoiam a queda do ditador Assad para o qual acham, sem o admitir, que bombardeamentos a posições governamentais ajudam a oposição a vencer a guerra naquele solo mártir. Isto é a Líbia 2. Muitos têm comparado este ultimato à Síria com o pretexto das armas de destruição maciça falsamente existentes, como se viu, no Iraque. E é verdade. Contudo, a natureza do processo parece decalcado do derrube de Kaddafi. Nem Hollande nem Obama tencionam ter tropas no terreno, fazem a cobertura aeronaval dos opositores ao regime. Aliás, para além da semelhança do modus operandi, as justificações para a escalada bélica relembram todas aquelas que foram utilizadas para defender supostamente direitos humanos na Líbia
A diferença, desta vez, é que os exércitos de agressão não têm mandato da ONU para atacar. A Rússia, no caso da Síria, tem interesses diretos, venda de armas, bases militares em solo sírio, transporte de petróleo, e portanto veta no Conselho de Segurança qualquer ousadia dessas, de mão dada com os chineses. É interessante ver como os outros BRIC, Brasil, África do Sul, Índia, se opuseram à Líbia 2.
Hollande não quer ir ao parlamento francês discutir a intervenção. Obama está a tentar ladear o congresso norte-americano. Ambos olham com desolação para Cameron que perdeu a votação em Westminster e a possibilidade de se juntar a esta cruzada. O que mostra que as intervenções militares das potências no pós-Iraque estão cada vez mais isoladas nas respetivas opiniões públicas e isso divide e derrota o apoio parlamentar dos governos belicistas. E incentiva muitíssimo mais as campanhas populares contra a guerra. A Alemanha, que não tem o poderio militar da França ou da Inglaterra, e está a braços com eleições gerais próximas, distanciou-se e fez saber que não foi convidada para nada. Curiosamente aqui com o respaldo do parlamento. Parece bastante claro que a França quer dizer ao mundo que a Alemanha não manda sozinha na União Europeia, enquanto Cameron rói as unhas pela oportunidade perdida.
O presidente francês não dissimulou os seus objetivos internacionais, de sócio ativo do imperialismo global. O PS francês já nem quer saber de mandatos das Nações Unidas, só quer ir ao lado dos USA. Porquê? Pelos mesmos e simétricos interesses dos russos, geopoder e rotas da energia.
No caso da França agravado com saudades do seu protetorado outrora na Síria. Nesta circunstância, os corifeus do ataque à Líbia desapareceram, provavelmente porque não querem lembrar a destruição maciça, as chacinas, a entrada dos islamitas no arco do poder e a proliferação de milícias salafistas, tudo para defender "direitos humanos". Que é precisamente, ou muito próximo, o cenário da Síria.
A vitória da oposição apoiada pelos sauditas, Al-Qaeda, turcos, e cia, trará um cenário de horror ainda pior que o atual inferno e tragédia. Mas o mais grave é a possibilidade de uma conflagração arrastando o Irão, aliado de Assad, e o Líbano partido nas lealdades. O ridículo desta história é que para setores da esquerda política o triunfo de Hollande nas presidenciais era o começo de uma viragem no mapa político europeu. Simplesmente, o imperialismo tem leis de bronze e impôs a austeridade interna e a guerra externa. A "vergonha" dos socialistas é imensa com as réplicas à Sarkozy.
É importante condenar a estratégia de Obama mas isso não passa por entender que Hollande tem um papel menor, sobretudo para os europeus, como nós, submetidos a um diretório de que a França faz parte. Estranhamente, ou talvez não, PSD, PS e CDS aceitam o bombardeamento de Damasco desde que com mandato internacional, tanto faz que isso lance o Médio Oriente numa guerra regional como não.
Dos horizontes da esquerda deve fazer parte a defesa de uma solução política e a abertura ao processo democrático naquele país. E o apoio aos refugiados em mais de 2 milhões exatamente quando a ONU se prepara para baixar os montantes de socorro, como denunciou António Guterres.
Não se pode apoiar a ditadura sanguinária de Assad mas também não se pode apoiar os integristas que são igualmente responsáveis por limpezas étnicas e tiranias. O movimento em prol da paz é o único que pode unir os povos por muito que desvalorizem a sua força. A coerência nos valores de progresso defende a Carta das Nações mesmo contra partidos socialistas que decidem juntar-se aos conservadores na moldura dos valores da NATO.
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Obama está desesperado para
Obama está desesperado para bombardear a Síria, para apagar os vestígios das Armas Químicas, que ele deu aos seus amigos Terroristas muçulmanos, para incriminar o Governo Sírio, e finalmente conseguir que seja implantado na Síria, o ISLAMISMO RADICAL.
Ora, não é OBAMA que envia armamentos e dinheiro para os Terroristas, na Síria?
Não foi Obama que entregou um Drone para que os iraquianos o pudessem copiar, sob alegação que caiu no IRÃ?
Obama, monitora os telefonemas no mundo inteiro, sob alegação que é para combater o Terrorismo.
Se realmente quisesse combater o Terrorismo, monitoraria os telefonemas de muçulmanos, que são Terroristas, e não dos europeus e asiáticos!!!
Alega que combate Terrorismo, no entanto, deixou que os irmãos chechenos, praticassem Terrorismo na maratona de Boston, embora tivesse sido avisado pelo Serviço de Inteligência Russa, que eram perigosos, e cuja mãe deles estava fichada no FBI, como Terrorista.
OBAMA alegou ter mandado matar OSAMA BIN LADEN, e nada foi provado. O interessante é que os enviados para o Oriente Médio, e que participaram da FARSA, num total de 24 (vinte e quatro), e 20 (vinte) já estão mortos, numa verdadeira 'QUEIMA DE ARQUIVO".
A única realidade crua e nua é que OBAMA é aliado dos Terroristas muçulmanos, e lhes passa todas as informações necessárias sobre tudo que acontece no Ocidente, no que se refere ao combate ao Terrorismo, através de escutas de telefonemas e internet, para que possa avisar em tempo, seus amigos Terroristas muçulmanos, se alguma preparação para um atentado Terrorista, já foi descoberta, para os advertir. Quando os verdadeiros combatentes ao Terrorismo nada descobrem, o atentado é realizado.
Se não tivesse essa intenção, não precisaria monitorar telefonemas dos Ocidentais e Orientais, porque eles não enviam Terroristas patra matar em outros países, como os muçulmanos!
Em meio a um discurso do OBAMA, lhe escapou: "FUI PREPARADO POR ANOS, PARA SER PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA". A nítida impressão que se tem, é que foi preparado por Terroristas muçulmanos. E se aproveitando de atual tecnologia usada por NSA, PRISM E VERIZON, incluindo os Drones, está sabotando o mundo civilizado, sob alegação que combate o Terrorismo, porém OBAMA, na verdade combate a civilização ocidental e oriental, em prol dos Terroristas muçulmanos!
A Europa e os países civilizados não podem e nem devem aceitar qualquer ajuda desse "infiltrado" na presidência americana, o OBAMA, que se faz passar por um simples mulato, e cuja verdadeira identidade continua uma incógnita!
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