You are here
ONG’s exigem demissão de ministro angolano devido à crescente onda de violência policial

Segundo avança o site Maka Angola, o Grupo de Trabalho de Monitorização dos Direitos Humanos em Angola (GTMDH), constituído por 18 ONG’s[i], sublinha, no documento, que a violência policial é uma prática institucionalizada e o modus operandi dos agentes da Polícia Nacional, dando como exemplo o espancamento coletivo de um grupo de detidos na cadeia central de Luanda, a 19 de março de 2012, que foi registado em vídeo.
O grupo denuncia ainda a violência policial contra “cidadãos manifestantes pacíficos, mulheres e jovens zungueiras, antigos combatentes e veteranos da Pátria”.
Na carta é feito um apelo ao presidente da República para que este proceda à “destituição dos responsáveis do Ministério do Interior” e tome “medidas punitivas e urgentes contra todos os responsáveis directos e indirectos da onda de violência e criminalidade policial”.
O Maka Angola faz referência a “um outro episódio de violência policial contra reclusos” na Cadeia de Viana, a 15 de setembro de 2012, também difundido através das redes sociais através de um vídeo, e que levou à suspensão, segundo o ministério do Interior, do director da cadeia, Correia Moço, e dos chefes de segurança penal e da ordem interna, assim como oficiais e agentes prisionais.
No que respeita ao episódio de violência de 19 de março de 2012, o ministério afirmou que foi aberto um inquérito para responsabilizar os "presumíveis autores".
[i] O GTMDH é constituído pelas seguintes organizações: ACC – Associação Construindo Comunidades; Associação Angola 2000; Acção Angolana para Mulher; AJPD – Associação Justiça, Paz e Democracia; AJUDECA – Associação Juvenil para Desenvolvimento Comunitário de Angola; FORDU – Fórum Regional para o Desenvolvimento Universitário; LARDEF – A Liga de Apoio à Integração dos Deficientes; MBAKITA – Missão de Beneficiência Agro-pecuária do Kubango, Inclusão, Tecnologia e Ambiente; ML – Associação Mãos Livres; MWENHO – Associação de Mulheres Vivendo com o VIH/SIDA; NCC – Centro Nacional de Aconselhamento; OMUNGA – Associação OMUNGA; OSISA-Angola – Open Society Initiative for Southern Africa; PMA – Plataforma Mulheres em Acção; REDE POBREZA-Luanda; RNP Angola – Rede Nacional de Pessoas Vivendo com o VIH; SCARJOV – Associação de Reintegração de Jovens e Crianças a Vida Social; SOS HABITAT – Acção Solidária.
Add new comment