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Agentes da troika têm luxuosas isenções fiscais na Grécia

Os agentes da troika na Grécia, principalmente os que vivam em permanência, foram premiados pelo governo direita-socialista com isenções fiscais que têm incidência especial em artigos de luxo.
Fotografia retirada do site beinternacional.

As declarações fiscais dos agentes do Banco Central Europeu, da Comissão Europeia e do FMI que têm como tarefa determinar as medidas que o governo de Antonis Samaras deve aplicar à generalidade dos cidadãos, são muito mais leves do que as que eles próprios impõem aos gregos. Podem, por exemplo, comprar vivendas, automóveis e barcos de luxo beneficiando de generosas isenções fiscais.

O governo de Atenas estabeleceu no parágrafo 4º do artigo 30 do novo Código Fiscal, ditado pela troika, que os artigos 31 a 34 do mesmo código, relacionados com luxo, qualidade de vida e aquisições de activos, não se aplicam "às pessoas físicas que trabalham numa instituição da União Europeia ou num organismo internacional que tenha sido instalado mediante um tratado internacional que se aplique à Grécia".

Na prática, segundo os fiscalistas, isto significa que todos os estrangeiros ao serviço da troika podem comprar sumptuosas vivendas, barcos de luxo, como convém num paraíso mediterrânico, e até obrigações do Estado sem declarar esses bens à administração fiscal.

A notícia foi conhecida na mesma semana em que 2500 professores do ensino secundário foram despedidos por telefone, a mando da própria troika, mesmo antes de rubricada formalmente pelo Parlamento a lei que o determina.

 


Artigo publicado no site do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu

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