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PS sublinha o seu empenhamento no “processo de diálogo” com PSD e CDS-PP

Em comunicado de imprensa, o PS diz que “está empenhado no processo de diálogo” com PSD e CDS-PP e que “não tem sentido iniciar processos paralelos” à esquerda. O PS acusa ainda o PCP e o Bloco de Esquerda de “jogos partidários”.

Em comunicado de imprensa emitido após a reunião entre delegações do PS e do Bloco, a pedido deste, o Partido Socialista afirma: “O PS está empenhado no processo de diálogo [com PSD e CDS-PP], lamenta uma vez mais que o BE e o PCP tenham recusado dar o seu contributo. Não tem sentido iniciar processos paralelos” à esquerda.

O PS diz também que “não recusa nenhum diálogo, nem excluiu nenhum partido nesse diálogo”, mas acusa PCP e Bloco de Esquerda de “jogos partidários”. O PS acusa ainda Bloco e PCP de se terem “excluído” do diálogo com PSD e CDS-PP e “em competição”, cada um deles lançar o seu processo, “o PCP com a Intervenção Democrática, Os Verdes e o BE. O BE com o PCP”. Ao contrário desta afirmação do PS, e como é público, o Bloco de Esquerda propôs “tanto ao PS como ao PCP a abertura de um processo de discussão e aprovação das bases programáticas de um governo de esquerda” e que “essas conversações se façam sem qualquer condição prévia e no mais curto espaço de tempo” (como pode ser lido na declaração da comissão política do Bloco de Esquerda).

O comunicado do PS diz ainda que “não abdica dos seus valores e das suas posições em defesa da continuação de Portugal na zona euro; da sustentabilidade do Estado Social e de colocar o emprego e a economia no centro das políticas para o equilíbrio das nossas contas públicas”.

Na declaração da sua comissão política, o Bloco afirmou que se empenha “na construção de um governo de esquerda que termine a austeridade e o memorando, que consiga a reestruturação da dívida, mobilizando os recursos bancários, financeiros e fiscais necessários, e que recupere o rendimento perdido pelas pessoas”.

Segundo Fernando Rosas, em declarações ao esquerda.net após a reunião entre o Bloco e o PS: “Num momento em que se trata de saber se a esquerda busca uma plataforma de entendimento para derrubar o governo da direita e a política de austeridade ou se se procura dar uma mão ao governo em busca duma austeridade benevolente, o PS parece claramente decidido pelo segundo caminho”.

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