You are here
China cancela construção de central nuclear, depois de protestos
“O governo popular da cidade de Heshan decidiu respeitar a opinião pública e não considerará o projeto do plano do parque Longwan”, declarou o governo local depois dos protestos contra a construção da central nuclear.
Nesta sexta-feira, cerca de mil pessoas juntaram-se no centro da cidade de Jiangmen, que dista cerca de cem quilómetros de Hong-Kong e Macau, para protestar contra a construção da central. A manifestação foi convocada através da internet e das redes sociais.
Segundo a agência Lusa, a central teria capacidade para fornecer combustível suficiente para responder a cerca de metade das necessidades de energia nuclear da China, ou 1.000 toneladas de urânio, até 2020. O projeto de construção de infraestruturas de conversão e enriquecimento de urânio estava avaliado em 37 mil milhões de yuan (4,6 mil milhões de euros).
Esta seria a primeira central de produção de combustível nuclear do sudeste da China. Depois do acidente nuclear de Fukushima, no Japão, a China decidiu manter os planos de construção de algumas dezenas de centrais nucleares no país para alimentar as necessidades de energia da segunda economia mundial e fazer face ao aumento dos preços dos combustíveis fósseis.
O nuclear assegura ainda na China apenas cerca de 1,8 % da eletricidade consumida no país.
O carvão continua a ser a principal fonte de energia na China, gerando cerca de 80 % da produção elétrica chinesa, seguindo-se a energia hidráulica (cerca de 15 %).
Add new comment