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OEA condena países europeus envolvidos no incidente com avião do Presidente da Bolívia

A OEA (Organização dos Estados Americanos) pediu para que os governos de Portugal, Espanha, Itália e França peçam desculpas por terem negado acesso ao espaço aéreo ao avião presidencial da Bolívia na semana passada. Em reunião extraordinária do Conselho Permanente nesta terça-feira (09/07), a entidade uniu-se ao coro do Mercosul e da Unasul em solidariedade ao presidente Evo Morales e em repúdio ao comportamento dos países europeus.
"A OEA condena as ações que violem as regras e princípios do direito internacional, a inviolabilidade dos chefes de estado”, diz o documento oficial divulgado no final da reunião. "Fazemos um apelo para que França, Portugal, Itália e Espanha forneçam as explicações necessárias sobre o que aconteceu com Evo Morales. Convidamos também os países a se desculparem pelo ocorrido”, diz o documento, escrito em tom enérgico.
Na ocasião, Evo Morales, que voltava de Moscovo, foi forçado a fazer uma escala de 13 horas na Áustria depois daqueles países europeus não permitirem que o avião entrasse nos seus respetivos espaços aéreos. A justificação seria que o avião boliviano transportava o ex-funcionário da CIA, Edward Snowden, acusado pelos EUA de revelar documentos secretos. Nos seus discursos individuais, representantes de todos os países que compõe a entidade condenaram o episódio.
Já o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, pediu que a entidade condene “com energia” a “ofensa grave” feita na Europa ao presidente da Bolívia, Evo Morales, cujo avião foi impedido de entrar no espaço aéreo de quatro países europeus, quando voltava de viagem à Rússia.
Insulza justificou o pedido por considerar que “não foi uma coincidência” que o avião de Morales tenha sido impedido de sobrevoar a Itália, a França, Portugal e a Espanha. “Isto não é qualificável como um incidente qualquer. O que ocorreu em 2 de julho é uma ofensa grave a um presidente democrático”, afirmou Insulza, durante a sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA.
Ele disse que o assunto será encerrado e uma resolução, aprovada, mas ressaltou que questões como esta "deixam feridas, e a melhor forma de as curar é saber o que realmente se passou”.
Extrato de artigo publicado no site Opera Mundi.
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