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“Proposta do PR é política e eticamente inaceitável”, diz Congresso das Alternativas

Em comunicado publicado na sua página na internet, o Congresso Democrático das Alternativas afirma: “Aquele que deveria ser o garante do regular funcionamento das instituições pretende impor ao País a anulação da democracia – fazendo das eleições um ato de democracia condicionada e promovendo a legitimação de uma mera democracia de fachada”.
O Congresso das Alternativas considera que a prossecução da atual política de austeridade “tornará cada dia mais urgente a exigência de demissão do Governo e a realização de eleições uma inevitabilidade”

O Congresso Democrático das Alternativas (CDA) no comunicado com o título “O regular funcionamento da destruição”, defende que a “ devastação social e económica não terá fim enquanto não se inverter a estratégia de empobrecimento inscrita no Memorando da troika” e “não se impuser uma renegociação da dívida pública portuguesa que seja consentânea com o relançamento do emprego”.

O CDA considera que a prossecução da atual política de austeridade “tornará cada dia mais urgente a exigência de demissão do Governo e a realização de eleições uma inevitabilidade”, reafirma a urgência de devolver a palavra ao detentor último da soberania – o povo português” e sublinha que “só a democracia permitirá ultrapassar a crise”.

O CDA refere também que “a farsa a que se assistiu nos últimos dias não representa mais do que o prolongamento e o aprofundamento da tragédia em curso – à crise social e económica decorrente da estratégia de austeridade, junta-se uma crise política permanente que ameaça a própria democracia” e lembra que, “desde que o atual Governo entrou em funções”, “o PIB trimestral a preços constantes registou uma quebra acumulada de 6,3%, o emprego total reduziu-se em 9,4% (mediante a destruição de 450.000 postos de trabalho), a taxa de desemprego disparou de 12,1% para 17,6%, a taxa de desemprego jovem passou de 27,8% para 42,1% e o investimento reduziu-se nuns inauditos 29,2%”. Recorda ainda que “a dívida externa líquida portuguesa passou de 107% do PIB em Junho de 2011 para 119% em Março de 2013, enquanto a dívida direta do Estado aumentou, no mesmo período, de 100,1% do PIB para 122,3%”.

O Congresso das Alternativas diz que que “a remodelação tentada na semana passada pelo Governo visava dar no essencial um fôlego adicional” à mesma política e salienta: “A política económica do atual Governo será sempre e decisivamente determinada pelo programa da troika. Ou seja, pelo corte adicional e permanente de vários milhares de milhões de euros nas funções essenciais do Estado, degradando irreversivelmente os direitos sociais e transformando a já profunda recessão numa depressão económica de proporções calamitosas”.

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