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Oakland indemniza manifestantes
A câmara municipal da cidade californiana de Oakland, vizinha de São Francisco, aceitou indemnizar com 1,17 milhão de dólares uma dúzia de manifestantes que em 2011 foram vítimas da brutalidade policial durante as manifestações do movimento “Occupy” contra o sistema financeiro. O acordo resolve o processo movido pelos manifestantes que alegaram ter sido vítimas do uso excessivo de força por parte da polícia.
Segundo o jornal San Francisco Chronicle, a maior parte do dinheiro, 500.000 e 210.000 dólares serão entregues a Suzi Spangenberg, de 52 anos, e Sukay Sow, de 25, respetivamente, que ficaram feridas por granadas de efeito moral atiradas pelos polícias a 25 de outubro de 2011, que lhes causaram problemas de audição e queimaduras.
A decisão foi tomada depois de especialistas terem provado que o Departamento de Polícia de Oakland não contava com o pessoal suficiente nem a preparação necessária para lidar com os manifestantes como estabelece o protocolo.
Controlo de multidões
Uma dúzia de manifestantes processaram a câmara de Oakland no tribunal federal do distrito, em São Francisco, após os confrontos ocorridos quando estava no apogeu nos Estados Unidos o movimento “Occupy”, que começou em Nova York e se estendeu pelo resto do país.
Como parte dos protestos “Occupy Oakland”, os ativistas acamparam à frente da câmara, até serem desalojados pela polícia em 24 de outubro de 2011.
No dia seguinte tentaram retomar o lugar e começaram os confrontos. A Polícia justificou o uso de produtos químicos como resposta ao lançamento de garrafas e pedras contra os agentes, mas negou que tivesse disparado balas de borracha, como denunciaram alguns manifestantes.
Os acordos obrigam a Polícia de Oakland a aderir às políticas de controlo de multidões que proíbem o uso de projéteis menos letais, como balas “beanbag” (literalmente, sacos de feijões) e granadas de gás lacrimogéneo contra multidões, e obrigam a dar aos manifestantes a oportunidade de dispersarem antes de começarem a efetuar prisões em massa, disse o advogado dos queixosos.
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