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Venezuela e Nicarágua oferecem asilo a Snowden
Edward Snowden já tem para onde ir quando e se conseguir sair do aeroporto de Moscovo e fugir à perseguição dos Estados Unidos. A Venezuela e a Nicarágua ofereceram-lhe "asilo humanitário". O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o da Nicarágua, Daniel Ortega, fizeram a oferta oficialmente na sexta-feira para proteger o ex-técnico da CIA "da perseguição imperial" empreendida por Washington desde que foi revelado o sistema de espionagem dos serviços secretos dos EUA e do Reino Unido.
"Como chefe de Estado e de governo da República Bolivariana da Venezuela, decidi oferecer asilo humanitário ao jovem norte-americano Snowden para que na pátria de Bolívar e de Chávez possa vir a viver livre da perseguição imperial dos Estados Unidos", anunciou Maduro, numa cerimónia militar celebrada em Caracas por ocasião do Dia da Independência.
Maduro afirmou que o governo venezuelano pretende proteger Snowden “da perseguição que se desencadeou por ele dizer a verdade".
Maduro qualificou de “terrorista" o governo presidido por Barack Obama por perseguir Snowden por um "ato de rebeldia" que revelou "toda a verdade" sobre os sistemas de espionagem dos Estados Unidos.
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Pouco antes, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, também se tinha mostrado disposto a conceder asilo político a Snowden, desde que as "circunstâncias o permitam".
Snowden já enviou solicitações formais a 21 países. Até agora, países escandinavos como a Noruega ou da Europa central, como a Áustria, apresentaram como condição para a concessão do asilo político que o requerente se encontre no seu território nacional, o mesmo que já foi dito pelo governo do Equador, ao qual Snowden pediu asilo em primeiro lugar.
A Casa Branca não quis comentar a decisão de Maduro. O governo dos EUA, através do seu vice-presidente, Joe Biden, já instou a Equador, o primeiro país ao qual Snowden solicitou asilo político, que recusasse o pedido.
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