Na sua ânsia privatizadora, o Governo pretende ir mais longe que o seu antecessor e o memorando da troika ao anunciar novas privatizações: entre elas, encontra-se o Grupo das Águas de Portugal.
As medidas [do plano da troika, subscrito por PS, PSD e CDS-PP, para o mercado habitacional] são de uma violência social extrema e não resolvem nenhum dos problemas da habitação do país.
Este acidente mostra, mais uma vez, que não existe algo como o risco nulo e que as consequências da sua ocorrência são imprevisíveis, de difícil contenção e de uma gravidade alarmante para a saúde pública e o ambiente.
O problema do país e da habitação não são as rendas baixas. Os centros das cidades não estão vazios de gente porque as pessoas que lá moram pagam pouco de renda. O problema são as milhares de casas devolutas e os preços especulativos.
A aprovação de planos de ordenamento de áreas protegidas, que viram as costas às populações e abrem as portas aos grandes interesses económicos, reflecte o falhanço da política de conservação da natureza e da biodiversidade.
Ao Ministério do Ambiente, mais do que ter um baixo orçamento, falta-lhe operacionalizar políticas concretas de resposta à crise e saída do buraco orçamental que corta cegamente na despesa.
O problema central do país, mais do que o défice e a dívida pública, é uma economia parada que se afunda a cada PEC e OE apresentado e um desemprego galopante.