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Governo é "máquina de cortes" e tem de ser parado pelo país

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda lembrou que a consequência das medidas anunciadas por Passos Coelho cairá sobre toda a economia e "levará mais fundo o caminho de destruição”, pelo que o Governo "tem de ser parado pelo país".
Pedro Filipe Soares defendeu o levantamento do país contra este ataque do Governo aos salários e pensões. Foto Paulete Matos

Pedro Filipe Soares falou aos jornalistas logo após a comunicação de Passos Coelho, que anunciou cortes no valor de 4,8 mil milhões de euros, sobretudo à custa dos funcionários públicos e dos reformados. Reagindo ao anúncio do Governo que pretende pagar as reformas e pensões em função do crescimento da economia, o líder parlamentar do Bloco lembrou que "o mesmo Governo que nunca fez isso para o pagamento de juros e de capital, diz-nos agora que quando se trata de salários e pensões, faz o pagamento em função da sustentabilidade da economia". Uma decisão que para Pedro Filipe Soares "não é aceitável e deverá merecer não só o levantamento dos partidos da oposição mas do país". 

"Estas medidas não são apenas para os funcionários públicos e para os reformados. São para toda a economia, que vai entrar ainda mais fundo na recessão, terá ainda mais desemprego e levará ainda mais fundo o caminho de destruição do país", afirmou o deputado do Bloco, concluindo que "um Governo que quer ir mais fundo na destruição é um Governo que tem de ser parado pelo país". 

"Os portugueses podem ter uma certeza absoluta. Da parte do Bloco de Esquerda, com todas as armas que terá ao seu dispor, lutará contra este enorme despedimento coletivo na Função Pública, contra este enorme ataque aos salários diretos na Função Pública e aos salários indiretos no privado, e contra este enorme saque nas pensões", assegurou Pedro Filipe Soares. O Bloco irá ler o Orçamento Retificativo que Passos Coelho prometeu para o fim de maio e então decidir sobre um pedido de fiscalização do Tribunal Constitucional das medidas anunciadas esta sexta-feira, ou mesmo de outras que o Governo tenha preferido esconder para já, para acrescentá-las quando fizer a apresentação do documento.

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