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PP espanhol retira oxigénio a doentes para cortar na despesa

Hospital dirigido por Juan Sánchez, deputado do PP e presidente da Comissão de Saúde no parlamento regional, enviou uma carta aos doentes informando-os de que lhes será retirado o equipamento de oxigénio, dado não serem pacientes economicamente rentáveis.

O documento enviado aos doentes de Alcázar de San Juan, em Cidade Real, comunidade de Castela-La Mancha, que recorrem à Terapia Respiratória Domiciliária, indica que, no espaço de 15-20 dias, “um técnico da empresa Linde Médica irá retirar o equipamento terapêutico do respetivo domicílio”.

Na carta, assinada pelo sub diretor médico do Centro Hospitalar La Mancha Centro, dirigido por Juan Sánchez, deputado do PP e presidente da Comissão de Saúde no parlamento regional, é ainda referido que esta decisão é justificada pelo facto de a empresa Linde Médica, que opera neste setor desde agosto de 2012, ter informado a direção do Hospital que “as horas de uso [do equipamento] registadas são inferiores a 3 horas por dia, o que é considerado ineficaz para o tratamento prescrito”.

Segundo adianta o periódico digital El Plural, esta não foi a primeira decisão “surreal” tomada pela direção deste Centro Hospitalar. No passado verão, os doentes foram privados de água mineral com o argumento de que a mesma não estava contemplada nas dietas prescritas. Também foi cortado o ar condicionado nas enfermarias, tudo por uma questão de contenção de custos.

Estas medidas obtiveram a aprovação total de Maria Dolores Cospedal, presidente da Junta de Comunidades de Castela-La Mancha desde 2011 e ainda secretária geral e número dois do Partido Popular espanhol desde o XVI Congresso deste partido.

Há um ano atrás, Maria Dolores Cospedal fechou o centro oncológico de Cuenca, obrigando as duas centenas de doentes que necessitavam de radioterapia ou branquiterapia a percorrer 260 km para terem acesso a estes tratamentos.


 

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