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Cavaco omite Saramago em Bogotá, Rui Rio acaba com Feira do Livro do Porto
Na sua viagem de Estado à Colômbia, Cavaco Silva esteve esta quinta-feira na abertura da Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo), acompanhado pelo presidente colombiano Juan Manuel Santos. Este ano, Portugal é o país convidado da FILBo, onde será lançado o livro inédito de José Saramago, "A Estátua e a Pedra". Mais de 20 escritores portugueses estão presentes na feira, naquilo a que o presidente da Colômbia chamou de "a mais amável das invasões: a invasão da cultura portuguesa". "Vamos lançar em estreia mundial um livro inédito de Saramago, bem como traduções exlusivas de autores portugueses que vão desde Fernando Pessoa a Vasco Graça Moura e outros poetas e escritores contemporâneos aqui presentes", anunciou Juan Manuel Santos.
Na presença da viúva do Nobel português da Literatura, Pilar del Rio, e de outras figuras que sublinharam a obra de Saramago nos seus discursos, à semelhança do presidente da Colômbia, Cavaco Silva foi o único a omitir qualquer referência ao escritor em destaque na FILBo 2013, o que provocou indignação na comitiva formada por figuras ligadas à cultura portuguesa e latinoamericana.
Rui Rio deixa o Porto sem Feira do Livro
No último ano de mandato de Rui Rio à frente da autarquia, a Câmara do Porto decidiu não apoiar a realização da Feira do Livro, impedindo assim que os portuenses continuem a usufruir daquela iniciativa que animava a baixa da cidade e promovia a cultura na região.
Em comunicado, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) considera que "não é possível a realização da feira nas mesmas condições de dignidade e qualidade dos anos anteriores, onerando os seus associados com um valor suplementar ao que já suportam para poderem estar presentes na realização deste evento cultural". O protocolo entre Câmara e livreiros, que vigorava desde 2009, expirou em outubro passado e a APEL sempre disse que o apoio da Câmara era fundamental para que a iniciativa se pudesse realizar. Os livreiros ainda reclamam de Rui Rio o pagamento da dívida das edições anteriores da Feira do Livro, mas nunca obtiveram resposta.
A posição da Câmara manteve-se inflexível em limitar os apoios à cedência de espaço e isenção de taxas camarárias, considerando a Feira uma atividade com fins lucrativos para editores e livreiros. "Resta à APEL fazer votos que no próximo ano a Feira do Livro regresse à cidade com a qualidade e dignidade que já habituou os portuenses", conclui o comunicado dos editores e livreiros.
Comments
para muitas pessoas e
para muitas pessoas e famílias com poucos recursos a Feira do Livro era oportunidade única - única mesmo em muitos casos - para poderem comprar livros, e era sabido que os livros para crianças eram dos mais vendidos. se é certo que tem fins lucrativos, a venda de livros nestas circunstâncias tem acima de tudo um valor social e cultural que vai muito para além duma mera venda. esta é mais uma machadada imperdoável na vida cultural da cidade do Porto.
A Feira do Livro do Porto não
A Feira do Livro do Porto não deixa de se realizar por causa da Câmara.
Basta ler este post e perceber o que se passou:
http://timenoughatlast.blogspot.pt/2013/04/feirar-ou-nao-feirar-eis-ques...
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