O povo e o país precisam de respostas mais profundas e é preciso explicar porque é que quase tudo falhou e se gerou uma incapacidade de prestar socorro a quem dele tanto precisava.
Já sabemos que não existe igualdade entre quem está no poder e quem está na oposição. Esse é o ponto de partida, desigual. Espera-se que não se fuja à prestação de contas e ao debate.
Estamos em ano de eleições autárquicas e já se sente o clima de disputa política, normalíssimo em democracia. Os partidos apresentam os seus candidatos e candidatas, as linhas gerais dos programas, começam a surgir as ideias de fundo, as propostas.
O investimento comunitário está aí. A este investimento juntar-se-á uma percentagem (15%) de financiamento nacional. Vale a pena aproveitar, diz o senso comum.
Encontrar a resposta adequada ao problema, planear a sua execução e já agora algum brio no que se faz deveria ser a marca da gestão autárquica, mas, infelizmente, não é.
Se a empresa Fabrióleo quer continuar na mesma área de produção, tem que cumprir a legislação e não o pode fazer à custa de recursos naturais que não são seus, nem à custa da perturbação da qualidade de vida dos seus vizinhos.
Na famosa cena do filme “O Último Tango em Paris” estão lá as palavras da jovem rapariga “não e não”. E sabemos, agora, que não se tratou de seguir o guião, ela não sabia o que lhe ia acontecer.