Helena Pinto

Helena Pinto

Dirigente do Bloco de Esquerda. Vereadora da Câmara de Torres Novas. Animadora social.

O país assiste, chocado e indignado, às notícias em catadupa sobre a situação na IPSS Raríssimas.

O povo e o país precisam de respostas mais profundas e é preciso explicar porque é que quase tudo falhou e se gerou uma incapacidade de prestar socorro a quem dele tanto precisava.

Já sabemos que não existe igualdade entre quem está no poder e quem está na oposição. Esse é o ponto de partida, desigual. Espera-se que não se fuja à prestação de contas e ao debate.

Estamos em ano de eleições autárquicas e já se sente o clima de disputa política, normalíssimo em democracia. Os partidos apresentam os seus candidatos e candidatas, as linhas gerais dos programas, começam a surgir as ideias de fundo, as propostas.

Já passou o dia 8 – Dia Internacional da Mulher, valerá a pena voltar ao tema? Eu acho que sim.

O investimento comunitário está aí. A este investimento juntar-se-á uma percentagem (15%) de financiamento nacional. Vale a pena aproveitar, diz o senso comum.

Encontrar a resposta adequada ao problema, planear a sua execução e já agora algum brio no que se faz deveria ser a marca da gestão autárquica, mas, infelizmente, não é.

Se há matéria onde nada precisa de ser provado, infelizmente, são os perigos do nuclear. Prevenção só pode significar encerramento.

Se a empresa Fabrióleo quer continuar na mesma área de produção, tem que cumprir a legislação e não o pode fazer à custa de recursos naturais que não são seus, nem à custa da perturbação da qualidade de vida dos seus vizinhos.

Na famosa cena do filme “O Último Tango em Paris” estão lá as palavras da jovem rapariga “não e não”. E sabemos, agora, que não se tratou de seguir o guião, ela não sabia o que lhe ia acontecer.