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Na direita, crescem as vozes contra o governo

Pacheco Pereira diz que há motivos mais do que suficientes para demitir o governo, Adriano Moreira fala na degradação do país, Manuela Ferreira Leite diz que Portugal está a ser destruído.
Pacheco Pereira: “Este governo está-se a tornar vingativo e não é de agora".

Pacheco Pereira defendeu terça-feira à noite na SIC Notícias que o desastre da política económica deste governo, associada ao sentimento de vingança em relação a todos aqueles que lhes criam obstáculos, são motivos mais do que suficientes para demitir o governo.

“Este Governo está-se a tornar vingativo e não é de agora. À medida que vai tendo cada vez mais dificuldades em cumprir aquilo que deseja, vinga-se em todos aqueles que lhes criam obstáculos”, disse o ex-deputado do PSD no programa “Quadratura do Círculo”, recordando que "o desastre da política económica deste governo já existia antes da decisão do Tribunal Constitucional”.

Para Pacheco Pereira, "o conjunto destas coisas justificaria a demissão do governo ou a dissolução da Assembleia".

Adriano Moreira: degradação da vida portuguesa

Num artigo de opinião publicado no Diário de Notícias de 9 de abril, Adriano Moreira, ex-deputado e ex-presidente do CDS, afirma: “A profunda degradação da vida portuguesa, que afeta progressivamente o valor da confiança em que se baseia a convergência de esforços entre sociedade civil, governo, e conjuntura internacional, está a agudizar a questão da necessidade eventual, contra a prudência não abandonável, no que respeita à exigência de eleições gerais”.

Manuel Ferreira Leite: “O país está a ser destruído”

A ex-presidente do PSD Manuel Ferreira Leite acusou na quarta-feira à noite o governo de estar a dramatizar e a teatralizar sobre a decisão do Tribunal Constitucional (TC) que não vai levar a lugar nenhum, considerando mesmo que os cortes anunciados “não vão ser cumpridos, nem são exequíveis”.

No seu espaço de opinião na TVI24, a antiga ministra da Finanças confessou que pensou que “tinha saído a sorte grande ao Governo” com a decisão do TC de considerar inconstitucionais algumas das medidas do Orçamento do Estado para 2013, uma vez que era uma oportunidade para mudar de políticas “sem ninguém perder a face”.

“Fiquei perplexa por não verem isto [decisão do TC] como uma oportunidade, mas como uma contrariedade. (…) Vão insistir na austeridade. (…) Não estamos a chegar a ponto nenhum”, afirmou a antiga ministra da Finanças.

Manuela Ferreira Leite disse ainda que o país está a entrar “numa fase de privação, abaixo da pobreza, em que as pessoas já não se conseguem alimentar” e lamenta que o governo faça uma dramatização “que não vai levar a lugar nenhum”.

“O país está a ser destruído”, afirmou, considerando que o despacho do ministro da Finanças que “congela” os gastos do Estado faz parte da “dramatização e teatralização”. “É um despacho totalmente ineficaz”, acrescentou, insistindo que “não se consegue refazer um país a partir das cinzas” e que é uma crítica deste governo porque é uma “defensora dos valores do PSD”.

Capucho: remodelação urgente

Já o social-democrata António Capucho, mais moderado, defende que deve ser “dada uma última oportunidade” ao governo, “através de uma remodelação credível” e “urgente”, considerando que as Finanças precisavam de “alguém” em quem o “país acreditasse no que anda a fazer”.

Para o conselheiro de Estado, para as Finanças, “não basta a credibilidade internacional do atual titular, era fundamental alguém que tivesse credibilidade internacional mas que no país se acreditasse no que anda a fazer, que não é o caso, manifestamente”.

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