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Responsabilidade quer dizer demissão Sr. Primeiro-ministro!
Em tom ameaçador Passos Coelho encabeçou a cruzada, exercendo pressão máxima quando declarou que “O TC tem que ter a responsabilidade nas decisões que vier a tomar e no impacto que elas possam ter no país”.
Deputadas e deputados do PSD quase que numa inusitada interpelação da condução dos trabalhos, ou quiçá de defesa da honra, vieram no parlamento reclamar a responsabilidade.
Responsabilidade de quem? De quem fiscaliza o cumprimento da Constituição? De quem votou contra um orçamento que destrói a vida mal vivida de milhões de pessoas em Portugal?
De quem pediu a sua inconstitucionalidade?
A responsabilidade é de cada um e de cada uma que aprovaram este orçamento ilegal.
É a irresponsabilidade, de cada um e de cada uma que, chancelaram com o seu voto um descarado roubo nos salários e pensões, nos subsídios de férias e de Natal, nos subsídios de desemprego e de doença, nos abonos de família, nas bolsas para os estudantes, nos aumentos dos impostos, nos passes para os trabalhadores ferroviários.
É a irresponsabilidade de um governo que se recusa a aumentar o salário mínimo nacional, quando patrões e sindicatos dizem ser uma necessidade.
E é irresponsabilidade agravada, porque o fizeram pelo segundo ano consecutivo.
Depois de Vítor Gaspar ter dito e redito que não tem plano B, aliás nem qualquer plano para responder ao País, a chantagem não se fica por aqui e, Passos Coelho veio ainda dizer que se o Tribunal Constitucional chumbar algumas normas do orçamento isso pode representar um buraco superior a mil milhões de euros nos cofres do estado admite pôr um ponto final nesta legislatura.
Do lado do CDS apenas uma remodelaçãozinha resolveria o problema.
O que se exige de um governo que perdeu a legitimidade de o ser, que navega à vista sem qualquer horizonte é exatamente a responsabilidade de se demitir e de dar a palavra ao povo.
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