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Parlamento catalão amplia maioria pelo direito a decidir

Com 104 votos a favor, 27 contra e 3 abstenções, o parlamento da Catalunha aprovou uma resolução idêntica à que foi chumbada no parlamento em Madrid, defendendo um referendo legal e acordado entre o Governo catalão e o espanhol.
Foto Joanjo Aguar Matoses/Flickr

A iniciativa foi dos deputados socialistas catalães, que romperam a disciplina de voto do PSOE quando o tema foi a debate, há poucas semanas, no parlamento espanhol. O parlamento catalão já tinha aprovado uma resolução proposta pela maioria soberanista que defendia o referendo com ou sem o aval de Madrid, que não teve o apoio do PS catalão. Desta vez, os socialistas optaram por replicar a proposta apresentada por Artur Mas (da CiU, que governa a Catalunha) no Congresso dos Deputados, aponta como exemplo a seguir o processo que levará ao referendo à independência da Escócia, já com luz verde do governo conservador de Cameron.

No debate estiveram ausentes os líderes da CiU e da Esquerda Republicana, mas o líder parlamentar do partido que governa a Catalunha assegurou que a proposta dos socialistas "não dilui" nem põe em causa a declaração de soberania aprovada em janeiro pelos deputados catalães. "Hoje ampliamos a base de uma parte da declaração de soberania", declarou Jordi Turull. Por seu lado, Marta Rovira, secretária-geral da ERC, voltou a defender a necessidade de avançar com o referendo com ou sem acordo de Madrid e quis saber o que farão os socialistas caso ela seja recusada pelo Governo de Mariano Rajoy, que procura contestá-la no Tribunal Constitucional. 

A proposta teve o voto contrário do PP e da lista Ciutadans, que se opõem à independência cataçã, e a abstenção dos três deputados da CUP, cujo deputado Quim Arrufat considerou que a proposta dos socialistas torna "difícil, improvável e confuso" o mandato dado pela gigantesca manifestação independentista do 11 de Setembro, o dia da Catalunha, que juntou dois milhões de pessoas em Barcelona.

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