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Suíços impõem restrições aos salários milionários dos executivos
Apesar dos avisos dos empresários, no sentido de que a aprovação da proposta contribuiria para que as empresas saíssem do país, a iniciativa mereceu os votos favoráveis de 1,6 milhões de suíços, contra 762 mil votos contra, tendo sido aprovada em todos os 26 cantões.
O cantão onde se registou uma vitória mais expressiva do sim foi Jura (77,1%), enquanto Obwald foi aquele onde o sim foi menos preponderante (56%). Em Genebra o sim obteve 67,67% dos votos, em Vaud 66,47%, Friburg 70,25%, Neuchâtel 71,91%, Valais 63,7%, Berne 70,30%, Zurique 70,20% e Tessin 70,79%.
Os casos mais recentemente divulgados de remunerações milionárias, como a indemnização de cerca de 60 milhões de euros concedida ao presidente cessante do conselho de administração da farmacêutica Novartis, Daniel Vasella, terão tido bastante peso na decisão dos suíços.
Mediante a aprovação da proposta, que terá de ser plasmada na legislação nacional, os acionistas passarão a ter direito de veto sobre os salários e outras compensações dos gestores executivos e dos membros dos conselhos de administração das empresas cotadas.
Serão ainda proibidos, segundo avança o swissinfo.ch, os prémios milionários atribuídos aquando a contratação de gestores e as indemnizações avultadas pagas no momento do despedimento. Será ainda exigido que todos os empréstimos a executivos sejam declarados aos acionistas.
Na Europa, alguns países, como a Holanda e a Dinamarca, já aprovaram legislação similar, permitindo aos acionistas pelo menos um voto vinculativo sobre a remuneração de executivos.
A “Iniciativa Minder”, votada este domingo, e que recolheu 118.583 assinaturas, foi entregue em fevereiro de 2008 por Thomas Minder, à época um empresário de uma PME de dentífricos herbais desconhecido do público suíço e que atualmente é senador pela União Democrática do Centro, partido da direita polulista.
Comments
EXACTAMENTE como em Portugal.
EXACTAMENTE como em Portugal. Tb temos sempre uma palavra a dizer quanto as regalias e salarios milionarios dos gestores (tb poderiam ser politicos).... LOL
Se depois vêm dizer que isso
Se depois vêm dizer que isso vai fazer com que as empresas saiam do país, por mim podem ir todos para a Rússia, o problema depois lá é que não podem falar mal dos que mandam, sob pena de perderem o pescoço no dia seguinte.
O medo governa o mundo, pelo
O medo governa o mundo, pelo menos o mundo dos mal-informados.
A verdade é: obviamente em parte nenhuma empresas estão em risco de mudar-se quando se impedem salários milionários. A razão é simples: as empresas funcionam para servir os seus clientes (que normalmente não são milionários), não é para servir os acionistas e muito menos os administradores.
Se estes passarem a ganhar menos, PODEM de facto, SAIR do país.
Mas um administrador (tipicamente incompetente, apesar de milionário) que sai, significa mais uma oportunidade para outro subsituí-lo na mesma função. Se os clientes não desaparecem, não desaparece a empresa, meus amigos. E se o novo administrador souber que nunca irá ganhar tanto como o anterior, talvez seja menos incompetente.
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