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Trabalhadores da TAP em greve nas férias da Páscoa

A adesão ao protesto contra os cortes salariais impostos no Orçamento do Estado para 2013 já foi aprovada por oito sindicatos representativos dos trabalhadores da TAP, determinando a paralisação tanto os trabalhadores de ar como os de terra, e irá abranger também a Portugália, a SATA Açores e a SATA Internacional.

Ainda que o presidente da TAP, Fernando Pinto, tenha tentado, na terça feira, desmobilizar os trabalhadores, apelando ao seu “bom senso” e sublinhando que “é um momento crítico para gerar instabilidade”, e que o secretário de Estado dos Transportes tenha afirmado que "os trabalhadores que procuram defender os seus direitos estão de facto a pôr em risco os seus postos de trabalho", os trabalhadores da TAP decidiram avançar para a greve, que se realizará nos dias 21, 22 e 23 de março.

Os pré-avisos de greve vão ser entregues na próxima segunda-feira, dia 4, no Ministério da Economia, pelas 11h30.

A decisão surgiu depois de uma reunião com a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, e com o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, durante a qual os dois responsáveis governamentais asseguraram que o governo PSD/CDS-PP não vai recuar na aplicação dos cortes salariais impostos no Orçamento do Estado para 2013 aos trabalhadores da Função Pública, e que também serão aplicados aos trabalhadores desta empresa.

"É um protesto contra esta maneira cega e populista do governo fazer política. É preciso que os portugueses saibam que o Estado não injeta dinheiro na TAP. O dinheiro que está a ser cortado aos trabalhadores fica nos cofres da empresa, também não vai para o Estados", afirmou Jaime Preto, representante do sindicato dos pilotos, ao jornal Expresso.

O dirigente sindical adiantou que que os cortes orçamentais previstos no Orçamento do Estado não podem ser aplicados à empresa, sob pena de pôr em causa a sua sustentabilidade. "Um dos cortes previstos é a redução para 50% de custos nos hotéis. A TAP tem milhares de tripulantes fora e à empresa já se aplicam as melhores tarifas. Como é que se vai cortar mais?". 

"Neste momento são os oito sindicatos que integram a plataforma de trabalhadores da TAP a aderir ao protesto, mas na próxima semana poderemos ser 12 ao todo", avançou ainda Rui Luís, presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil.

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