Não é a fruta da época, bem sei, não é da Europa criativa nem do absurdo artigo 13. Mas é da nossa vida de todos os dias, daquele direito constitucional de acesso à Cultura em todo o território e do que se faz tarde.
Falta ainda muito para recuperar direitos destruídos no período da troika e não há sociedade que recupere dignidade e democracia se tudo isso ficar à porta das empresas.
A reestruturação da dívida, a nacionalização de empresas estratégicas e a política orçamental contra-cíclica de que o país precisa exigem uma postura em contracorrente com as orientações das instituições europeias.
Como podemos ter programa de desenvolvimento, inovação, coesão, se a gestão dos setores estratégicos não obedece a qualquer lógica que não a da acumulação acionista?
Com o chumbo parlamentar do decreto que reduzia a TSU às empresas que praticam o Salário Mínimo Nacional, foi decretado no comentário público o estado de “crise da geringonça”.