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Coimbra: Pessoas de esquerda preparam candidatura independente à Câmara

Um movimento de pessoas de várias sensibilidades de esquerda está a preparar uma candidatura independente à Câmara: “Cidadãos por Coimbra”. Uma carta assinada por Ana Pires, José Dias, Miguel Cardina e Olinda Lousã aponta alguns princípios e defende: "É urgente elevar Coimbra a um nível de ambição que, nas últimas décadas, não foi atingido. É esse o nosso compromisso."
Está em preparação uma candidatura independente à Câmara Municipal de Coimbra: “Cidadãos por Coimbra”. Uma carta assinada por Ana Pires, José Dias, Miguel Cardina e Olinda Lousã aponta alguns princípios e defende: "É urgente elevar Coimbra a um nível de ambição que, nas últimas décadas, não foi atingido.

Segundo o jornal “Público” deste sábado, está em preparação uma candidatura independente à Câmara Municipal de Coimbra, a dos “Cidadãos por Coimbra”.

O movimento que está a preparar a candidatura vai promover uma reunião de apoiantes no dia 22 de fevereiro às 21.30 horas no Bar Galeria de Santa Clara. Essa reunião é aberta a todas as pessoas que queiram participar. Ana Pires declara ao jornal: "Queremos dizer às pessoas: 'Estamos aqui, isto é para ser levado a sério, temos algo novo para dizer e queremos que muitos se juntem a nós'".

A apresentação da candidatura estará marcada para o dia 4 de março às 19 horas no Café Santa Cruz.

De acordo com o jornal, está a circular uma carta que aponta alguns princípios: a rejeição da privatização dos serviços de água, a oposição ao “excesso de construção” e a crítica à "flagrante falta de planeamento urbano". Defende também "a ambição [...] de valorizar o património ambiental desperdiçado" e de encontrar "uma solução urgente" para as "duas crateras a céu aberto" deixadas pelo abandono da ligação ferroviária da Lousã e do metro de superfície.

A carta é assinada por Ana Pires (geógrafa, militante do PS, da Associação ProUrbe e ex-directora regional de Cultura do Centro), José Dias (técnico de turismo e antigo assessor do presidente Jorge Sampaio), Miguel Cardina (historiador, músico e dirigente do Bloco de Esquerda) e Olinda Lousã (bancária e dirigente sindical, sem filiação mas segundo o jornal “vista como próxima do PCP”).

Em declarações ao “Público”, Ana Pires admite que a 4 de março já seja divulgado o nome de alguns candidatos, sublinha que a candidatura independente não é contra os partidos e afirma: "A democracia precisa de partidos, eles são essenciais. Agora, eles não esgotam as formas de participação democrática e temos de aprender a viver com estas novas situações".

O jornal lembra que o sociólogo Elísio Estanque dizia num artigo, publicado no “Público” em janeiro, e referindo-se aos candidatos do PSD e do PS ao município de Coimbra: "Perante este cenário, aos cidadãos de esquerda em geral e aos eleitores e militantes socialistas em particular só restam duas atitudes: ou se resignam a esta realidade e se acomodam, abstendo-se ou votando rotineiramente nos "emblemas" do costume; ou respondem a estas manobras promovendo uma alternativa, uma candidatura de unidade com base num movimento independente e dinâmico, capaz de congregar apoios em diversos sectores da cidade."

Ana Pires diz sobre Elísio Estanque: "Ele partiu para o Brasil logo a seguir a ter escrito esse texto. Julgo que está connosco, mas não me sinto 100% segura".

O candidato do PS à Câmara de Coimbra é Manuel Machado, que foi presidente do município entre 1989 e 2001. O candidato do PSD é Barbosa de Melo, atual presidente, e o do CDS é Luís Providência, atual vereador.

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