No dia do último adeus à escritora, publicamos o artigo de homenagem que a coordenadora do Bloco escreveu aquando do seu falecimento. As palavras de Maria Velho da Costa em 1976 são o mote para olhar para a condição feminina num tempo de “pandemia e de medo”.
Esta semana o Bloco organizou uma conferência online, com dezenas de especialistas de vários quadrantes. Da diversidade de propostas, emerge uma ideia clara: nada seria mais errado do que confundir recuperação com regresso ao passado.
Caro Manuel Alegre, li com gosto a sua carta no Público. Sei que divulga em todas as eleições um manifesto de apoio ao seu partido e é justo que o faça. Mas, ao tomar-me como alvo, comete dois erros sobre os quais quero conversar consigo.
Não é a fruta da época, bem sei, não é da Europa criativa nem do absurdo artigo 13. Mas é da nossa vida de todos os dias, daquele direito constitucional de acesso à Cultura em todo o território e do que se faz tarde.
Falta ainda muito para recuperar direitos destruídos no período da troika e não há sociedade que recupere dignidade e democracia se tudo isso ficar à porta das empresas.
A reestruturação da dívida, a nacionalização de empresas estratégicas e a política orçamental contra-cíclica de que o país precisa exigem uma postura em contracorrente com as orientações das instituições europeias.