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Ministra alemã demite-se após escândalo do doutoramento

O caso das acusações de plágio que levaram uma Universidade de Dusseldorf a retirar o doutoramento à ministra da Educação alemã Annete Schavan culminou este sábado na demissão da governante, anunciada em conferência de imprensa ao lado de Angela Merkel.
Foto AndreasSchepers/Flickr

Trinta e dois anos depois de ter entregue a tese de doutoramento na Universidade Heinrich Hein, o título académico de "Prof. Dra." pode deixar de preceder o nome de Annette Schavan, que mantém um recurso contra a decisão de um painel universitário de retirada do grau de doutoramento. O caso da tese surgiu no ano passado, quando um blogger anónimo publicou alguns excertos da tese, semelhantes ao de outras obras publicadas anteriormente e sem qualquer referência a estas.

Este sábado, a ministra da Educação deu uma conferência de imprensa emotiva ao lado da chanceler alemã Angela Merkel, prometendo lutar para recuperar o doutoramento e negando sempre ter plagiado outros trabalhos na sua tese. Com esta demissão, Merkel aumenta para dois o número de membros do seu executivo obrigados a sair por causa de págio, após o então ministro da Defesa Karl-Theodor Guttenberg ter feito o mesmo em março de 2011.

"Primeiro o país, depois o partido e só depois nós", declarou Schavan a justificar a saída do Governo. Angela Merkel afirmou que aceitou a demissão "com mágoa" e nomeou para o seu lugar Johanna Wanka, que era ministra da Educação na Baixa Saxónia e curiosamente doutorada no mesmo ano da predecessora.

Os escândalos de plágio de teses de doutoramento na Alemanha têm atingido figuras da política como Silvana Koch-Mehrin, antiga vice-presidente do Parlamento Europeu pelos liberais, o eurodeputado Jorgo Chatzimarkakis ou o líder da delegação da CDU no município berlinense, Florian Graf. Todos viram as suas teses retiradas após detetados os plágios.

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