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Porto: trabalhadores do setor têxtil manifestam-se contra baixos salários

As exportações têm aumentado e os trabalhadores fazem produtos para as melhores marcas do mundo, por isso não aceitam salários tão baixos e negociações bloqueadas.
Trabalhadores não aceitam que as empresas continuem a pagar o salário mínimo nacional e a manter os salários congelados. ESTELA SILVA / LUSA

Trabalhadores da indústria do têxtil, do vestuário e do calçado manifestaram-se esta quinta-feira no Porto, em frente à Associação dos Industriais de Vestuário e Confeção, contra os baixos salários e a ausência de negociações. O protesto foi organizado pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal.

Maria Marques, do Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio de Vestuário e Artigos Têxteis, afirmou à Antena 1 que desde 2010 a 2013 as exportações têm aumentado e os trabalhadores têm trabalhado para as melhores marcas do mundo: “Fazemos produtos de qualidade e excelência, aumentámos a produtividade, e por isso não aceitamos que as empresas continuem a pagar o salário mínimo nacional e a manter os salários congelados”. A sindicalista acrescentou que “agora culpam o governo, mas nós achamos que o setor pode pagar e não é assim que o setor se desenvolve”.

A sindicalista afirmou à Lusa que “não faz qualquer sentido que [a negociação] não seja desbloqueada”, porque, deste modo, os trabalhadores nas empresas “não têm aumento de salários”.

Luís Garra, dirigente sindical do distrito de Castelo Branco, sublinha que o aumento dos salários é benéfico “não só para os trabalhadores”, mas também “para a economia em geral”. E acrescenta que “não se justifica o bloqueio que está a ser feito, por parte das associações patronais, à negociação dos contratos coletivos de trabalho” e chama a atenção para a necessidade de promover uma negociação “que ajude a elevar os salários”.

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