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Ministro da Economia branqueia papel de Franquelim Alves na fraude do BPN
A deputada Mariana Aiveca questionou o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, na comissão parlamentar de segurança social sobre a nomeação de Franquelim Alves, ex-administrador da SLN para secretário de Estado: “Pergunto-lhe: Chegaram ao fim da linha? Não têm mais ninguém para nomear? Senhor ministro, tem necessidade disto? Acha que o seu ministério, acha que o país precisa de um secretário de Estado para a competitividade e a inovação com este curriculum?”
A deputada do Bloco concluiu: “Nós achamos que não e achamos que só lhe resta exatamente uma solução: demitir este secretário de Estado!”
O ministro da Economia acusou “alguns partidos” e “algumas pessoas” de “uma tentativa de linchamento político” de Franquelim Alves e procurou defender o seu atual secretário de Estado, afirmando que “foi uma das pessoas que ajudou a desmascarar a fraude do BPN”. Para justificar esta tese, Álvaro Santos Pereira invocou uma “carta de 2 de junho de 2008”, que Franquelim Alves teria escrito a denunciar as irregularidades.
A deputada Mariana Aiveca respondeu então ao ministro: "Não vale a pena vir aqui fazer o papel quase de calimero relativamente à nomeação do seu secretário de Estado para o empreendedorismo e inovação. Não vale a pena vir fazer esse papel, porque esse é o papel de branqueamento do secretário de Estado que nomeou".
Na verdade, a carta a que se refere o ministro é da administração da SLN, é uma resposta a perguntas do Banco de Portugal e só surgiu depois de se saber as irregularidades do grupo.
A TVI recorda que a 2 de junho de 2008 a administração da SLN já conhecia o Insular há três meses, pelo menos.
Na comissão parlamentar de inquérito à nacionalização do BPN, em 2009, o então governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, disse que foi “em 2008 e por denúncia anónima é que o Banco de Portugal perguntou à SLN se tinha alguma ligação ao Banco Insular”.
Na mesma comissão parlamentar em março de 2009, o próprio Franquelim Alves admitiu que conheceu o Banco Insular em fevereiro de 2008, quatro meses antes da referida carta de resposta às perguntas do Banco de Portugal.
Franquelim Alves justificou-se assim na comissão parlamentar:
“Julgo que aqui houve, acima de tudo, uma atitude de prudência de apenas comunicar ao Banco de Portugal as situações no momento em que havia a certeza inequívoca que havia casos graves de irregularidades, e, no caso do Banco Insular, de fraude efetiva”.
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Enquanto a fome, o
Enquanto a fome, o desemprego, as inconstitucionalidades, o desrespeito, os assaltos aos contribuintes, etc vão aumentando, vamos ouvido dizer que os mercados estão melhores, que isto está a compor-se, quando todos nós sabemos que não é verdade. Todos assistimos às maiores manifestações da história de Portugal e todos sabemos que não podemos continuar assim. É importante fazer algo e esse algo começa por colocar este Governo na rua. Servirá também como lição para aqueles que venham a seguir, saberem que em Portugal mandam os Portugueses. Convido-os a juntar-se a nós assinando e divulgando por todos os vossos contactos esta petição:
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N35449
É urgente mudar Portugal.
A carta de 2 de Junho de
A carta de 2 de Junho de 2008, não é uma denúncia, mas uma prestação de esclarecimento exigidos pelo Banco de Portugal, visto que em carta anterior de Maio de 2008, o BPN não respondeu cabalmente sobre a quem pertencia o Banco Insular. É uma resposta tardia e sob pressão do Banco de Portugal.
A carta de 2 de Junho de 2008 está assinada por Abdul Vakil e Francisco Sanchez.
Se a carta servia para ilibar Franquelim Alves, não se prestando o conteúdo e a origem a tal efeito, não resta senão a demissão.
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