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Intervenção francesa no Mali

Tropas francesas combatem neste momento no Mali, numa nova guerra que não parece ter fim à vista. Diante da opinião pública mundial, o presidente François Hollande justifica a intervenção pela necessidade de combater o “terrorismo”, um argumento muito semelhante ao que usou George W. Bush ao invadir o Iraque e o Afeganistão. Quais são então os motivos que provocaram esta nova guerra? Dossier organizado por Luis Leiria.
Soldado francês a caminho do Mali. Foto de U.S. Air Force por Staff Sgt. Nathanael Callon, Wikimedia Commons

É justamente sobre as razões da intervenção imperialista da França que escreve Paul Martial. Em novembro, Immanuel Wallerstein já alertara sobre os perigos de um próximo Afeganistão. Fabian Figueiredo recorda que as intervenções militares externas em nome dos direitos humanos não passam de justificativa para o saque colonial. Em França, dirigentes do NPA tornam pública a sua oposição à intervenção, questionada também por Philippe Leymarie. Já Barry Lando prevê um desastre.

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Neste dossier:

Intervenção francesa no Mali

Tropas francesas combatem neste momento no Mali, numa nova guerra que não parece ter fim à vista. Diante da opinião pública mundial, o presidente François Hollande justifica a intervenção pela necessidade de combater o “terrorismo”, um argumento muito semelhante ao que usou George W. Bush ao invadir o Iraque e o Afeganistão. Quais são então os motivos que provocaram esta nova guerra? Dossier organizado por Luis Leiria.

Razões da intervenção imperialista de França

A intervenção da França no Mali inscreve-se numa longa tradição de intervenções. Desde a independência das suas colónias africanas, a França interveio sessenta vezes. A estratégia da França é manter a sua influência política e económica através de um apoio inquebrantável a várias ditaduras que promovem os interesses franceses. Por Paul Martial

O próximo Afeganistão?

O Mali representa o mais claro caso de paralisia geopolítica. Todas as maiores e menores potências da região estão genuinamente preocupadas, mas nenhuma parece ter vontade ou capacidade de agir. (Artigo publicado em 1 de novembro de 2012).

Agora no Mali

O que motivou a França, com o apoio logístico e diplomático das demais potências estrangeiras, a intervir no conflito?

Nós, opositores à guerra francesa

Senhor Hollande, o destino dos malianos pertence aos malianos. E se uma guerra tiver de ser travada, não cabe seguramente à França autoproclamar-se salvadora no Mali. Em França, o Estado interessou-se até aqui pelos malianos, sobretudo para os expulsar. Esta França teria sido repentinamente tocada pelos mais sinceros sentimentos humanitários? Christine Poupin, Olivier Besancenot, Philippe Poutou, membros de direção do NPA.

Questões sobre uma intervenção

Os objetivos anunciados incluem de tudo. A duração da operação é "o tempo que for necessário", "algumas semanas"... As justificativas políticas são de geometria variável. Os benefícios políticos para François Hollande, autopromovido "senhor da guerra" são indiscutíveis, num terreno onde tem a garantia de encontrar ampla aprovação em clima de unanimidade nacional. Por Philippe Leymarie, Les Blogs du Diplo

O desastre da França no Mali

O perigo é que o presidente François Hollande e o estado Francês se possam, a curto prazo, encontrar na situação desastrosa do pobre coiote dos desenhos animados do Papa-léguas, tão determinado a perseguir a sua presa que se apressa a saltar sobre um penhasco e se vê a si mesmo a debater-se no ar, prestes a cair para o deserto. Por Barry Lando