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Em 2011, 30 administradores executivos receberam mais de um milhão de euros

Segundo adianta a Comissão do Mercado e Valores Mobiliários (CMVM) no Relatório Anual sobre o Governo das Sociedades Cotadas relativo ao exercício de 2011, os 446 membros dos órgãos de administração das 44 empresas da Euronext Lisboa receberam 131 milhões de euros em 2011, o que equivale a uma média de 293,2 mil euros por gestor.
Este valor, equivalente a 50 vezes mais que o salário mínimo nacional (cerca de 5820 euros anuais), representa um aumento de 11,1% face à média de 264 mil euros registada em 2010. Deste valor, 60,6% correspondeu a salários, enquanto 27,3% foram remunerações variáveis.
De acordo com o documento, "30 administradores-executivos receberam mais de um milhão de euros, tendo o valor máximo sido de 2,72 milhões de euros".
No que respeita ao número médio de cargos exercidos, registou-se um aumentou face a 2010. Os administradores executivos que afirmaram exercer funções a tempo inteiro acumulavam, em média, 11,9 cargos em sociedades de dentro e de fora do grupo. Em 2011 a média foi de 13,2 cargos.
Vinte administradores acumulavam, no ano passado, lugares de gestão em 30 ou mais empresas e um gestor estava na administração de mais de 60 sociedades. Se se tiver em consideração os administradores executivos que declararam não estar a tempo inteiro na cotada, a participação média em cargos de administração era superior: 17,9 empresas.
A CMVM tece, no seu relatório, duras críticas à a política de remunerações das cotadas, devido ao facto de existir um grau tão diminuto de cumprimento das recomendações que pretendem, entre outros, tornar transparente a forma como são determinadas as remunerações dos órgãos de administração e fiscalização e os benefícios e compensações em caso de destituição. A Galp e a EDP são apontadas como duas das empresas que têm um rácio inferior de cumprimento.
Esta Comissão alerta ainda para a diminuição do peso relativo dos administradores independentes de 30% em 2010 para 29,1% em 2011. Em 11 sociedades, a CMVM verificou não existirem, sequer, membros considerados independentes.
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