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Chefe da Polícia Militar da Síria anuncia a sua deserção

Abdul-Aziz Jassem al-Shallal explicou, num vídeo transmitido pelo canal televisivo Al Arabiya, que a sua deserção se deve ao facto de o exército sírio se ter desviado da sua “missão fundamental de proteger a nação” e se ter transformado em “esquadrões de morte e destruição”.

O general adiantou, na sua declaração, que “existem outros oficiais de alta patente que querem desertar, mas a situação não é adequada para eles declararem a deserção”.

O anúncio do General Shallal surgiu num momento em que os rebeldes reclamavam novas conquistas territoriais no norte e centro do país e que uma delegação das Nações Unidas e da Liga Árabe visitava Damasco.

Nos últimos dois anos dezenas de oficiais do exército de baixa patente e centenas de soldados saíram da Síria, contudo, a deserção de Abdul-Aziz Jassem al-Shallal foi a mais significativa até à data.

No que respeita a civis, a deserção do primeiro ministro Riyad Farid Hijab foi a mais pesada para o regime de Assad. Segundo avança o New York Times, existem também rumores sobre a possível deserção do porta voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, pelo menos 20 pessoas morreram esta quarta-feira, entre elas várias crianças e mulheres, na sequência de bombardeios promovidos pelo exército sírio.

Entretanto, as forças de oposição denunciam que os bombardeios em bairros da periferia de Damasco como Yobar e Zabadani, se mantêm.

Desde o início da crise síria, em março de 2011, os conflitos já causaram amorte a mais de 45 mil pessoas.

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