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“Quando Passos promete o fim da crise, vêm aí mais sacríficios”

Após a mensagem de Natal de Pedro Passos Coelho, transmitida no final do dia de Natal, João Semedo lembrou, em declarações à imprensa, que as pessoas já conhecem a “habilidade” do primeiro-ministro de prometer o fim da crise e isso se traduzir em mais sacrifícios.
“Não é a primeira vez que Pedro Passos Coelho promete o fim da crise e, sempre que o fez, ficou sempre por cumprir esta promessa e foi sempre mais austeridade e mais sacrifícios o que se seguiu. Os portugueses conhecem esta habilidade de Pedro Passos Coelho”, disse o coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda, citado pela Lusa.
Assim, para o Bloco de Esquerda, neste Natal, o primeiro-ministro voltou mais uma vez a prometer “prosperidade e felicidade, mas os portugueses bem sabem que, em 2013, o que terão será mais impostos, mais sacrifícios, mais desemprego mais pobreza”, além de “um corte generalizado nas pensões, e um corte muito profundo no orçamento dos serviços públicos, na escola pública e no serviço nacional de saúde”, que o Governo “está a preparar”.
João Semedo insistiu ainda em que “não é verdade”, ao contrário do que afirmou o primeiro-ministro, “que a austeridade e os sacrifícios estejam a ser repartidos por igual”.
“Pedro Passos Coelho e o seu Governo têm protegido os bancos e os mais poderosos, e têm sobretudo sacrificado os mais de três milhões de portugueses que têm rendimentos inferiores a 400 euros. Essas têm sido as principais vítimas da crise e os principais sacrificados pela política de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas”, sublinha, considerando que o primeiro-ministro tratou esses mais de três milhões de portugueses “como se de ricos se tratassem”.
“Esta política é exatamente o contrário de sair da crise”
Por outro lado, disse ainda, “também não é verdade” que o Governo tenha reformado a economia: “Os resultados destas mudanças na economia estão à vista, mais falências e mais desemprego, essas são as reformas de que Pedro Passos Coelho se pode orgulhar”, afirmou.
“O que nós dizemos, é que esta política é exatamente o contrário de sair da crise. É mais défice, mais dívida e mais crise”, afirma, sublinhando, que os portugueses, porém, “não se resignam” e “não se deixam enganar por sucessivas promessas de um amanhã de felicidade e prosperidade”.
“Os portugueses já perceberam que, para tirar o país da crise, é necessário mudar de politica e, para mudar de política, é preciso acabar com a troika e demitir o Governo”, propõe.
O primeiro-ministro afirmou, na sua mensagem de Natal, que são grandes os "desafios" e "tarefas" de 2013 e que, embora a crise não esteja vencida, estão lançadas "as bases de um futuro próspero", e cumprida a "esmagadora maioria" do programa da troika.
"No momento em que se aproxima o final de um ano de grandes sacrifícios para os portugueses, sabemos que ainda não pusemos esta grave crise para trás das costas. Mas também sabemos que já começámos a lançar as bases de um futuro próspero. Ainda não podemos declarar vitória sobre a crise, mas estamos hoje muito mais perto de o conseguir", declarou Pedro Passos Coelho.
O primeiro-ministro afirmou ainda “a certeza de que os dias mais prósperos e mais felizes do nosso Pais estão à nossa frente” e que é altura de “renunciarmos de uma vez por todas ao pessimismo que marcou a nossa história recente”.
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eventualmente pressionado
eventualmente pressionado pelos seus "guias" de imagem, sua excelência veio fazer uma mensagem. Porquê? Nem ele saberá. Mas é costume. O que disse que justificasse a mensagem? Nada, com aliás lhe é timbre. Meia dúzia de divagações, e muita conversa fiada, assente num "suponhamos" que temos visto o que vale. Espreme tudo, e nada lhe sai. O caminho está visto aonde conduz.
Lá para Agosto conversamos
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