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Bloco quer aumento do salário mínimo nacional

A coordenadora do Bloco de Esquerda Catarina Martins afirmou que “aumentar o salário mínimo nacional (SMN) é uma prioridade que não pode, de forma alguma, ser adiada”. Bloco apresenta proposta para aumentar o SMN para 515 euros em janeiro, e para 545 euros a partir de julho de 2013.
Foto de Miguel A. Lopes, Lusa.

Durante a conferência de imprensa que teve lugar esta quarta feira na Assembleia da República, a dirigente bloquista lembrou que, “neste momento, o valor do SMN em Portugal, em termos líquidos, encontra-se baixo do limiar de pobreza, ou seja, temos trabalhadores que têm um salário que os coloca abaixo do limiar da pobreza”. Este é um problema de direitos humanos”, frisou Catarina Martins.

“É também um problema económico”, adiantou ainda, sublinhando que “um SMN muito baixo está a matar a economia, sendo que não é por acaso que a Confederação de Comércio, que é o setor onde mais se praticam salários mínimos, diz já que é necessário aumentar o SMN”, porque percebe que o que está em causa é a sobrevivência do setor.

“Quando a Confederação do Comércio, uma confederação do patronato, diz que é preciso subir o SMN é exatamente disto que está a falar. Está a dizer que a economia está a morrer porque não há mercado interno, porque quem trabalha não ganha sequer para consumir os bens essenciais”, avançou a coordenadora do Bloco de Esquerda.

Catarina Martins, que chamou à atenção para o facto de o número de pessoas a ganhar o SMN ter duplicado, frisou também que são já as empresas a dizer que o argumento de que “não era possível aumentar o SMN porque as empresas não seriam capazes de o pagar não corresponde à verdade”. “Um SMN muito baixo, isso sim, é razão para as empresas não sobreviverem e irem à falência e para o aumento do desemprego”, afirmou.

Ao anunciar que terá que pedir autorização à troika para aumentar o SMN, o Governo terá demonstrado, segundo a deputada do Bloco, que “não é capaz de dar resposta ao que é elementar, um acordo entre trabalhadores e empresas que já existe, que todos reclamam neste momento” e que é “da mais elevada justiça e sensatez”.

“O aumento faseado proposto pelo Bloco permite, inclusive, que as próprias empresas tenham repercussões positivas por terem aumentado os salários antes de procederem a um segundo aumento, para ir ao encontro daquilo que tinha sido decidido na concertação social”, frisou a dirigente bloquista.

Para o Bloco, “o aumento geral dos salários constitui, simultaneamente, um dever de justiça e uma necessidade para a recuperação económica do país”.

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