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Merkel quer crescimento e rejeita subida de impostos na Alemanha

A chanceler alemã aposta na Alemanha para fomentar o crescimento, o emprego e evitar subidas de impostos, defendendo medidas contrárias à austeridade que impõe a países como Portugal ou a Grécia. Já a Europa terá de “trabalhar no duro” para manter o modelo social, diz Merkel.
A chanceler alemã demonstrou ser contra o aumento de impostos na Alemanha, defendendo assim medidas contrárias à austeridade que impõe a países como Portugal ou a Grécia.

"A principal missão em matéria de política económica" é possibilitar o crescimento em condições difíceis e garantir os postos de trabalho, referiu Merkel em declarações ao jornal Braunschweiger Zeitung, citadas pela Lusa.

A chanceler alemã rejeitou categoricamente o aumento de impostos.

Entre outros, Angela Merkel rejeitou a possibilidade de aumentar os impostos sobre a sucessão ou património, já que isso "prejudicaria a classe média alemã, a espinha dorsal da Alemanha".

Por outro lado, o presidente da Confederação das Associações Patronais da Alemanha (BDA), Dieter Hundt, conta para 2013 com um novo crescimento da economia e subidas salariais e mostra-se convicto de que a "Alemanha não entrará em recessão". O bom desenvolvimento salarial de 2011 e 2012 terá continuidade no próximo ano, afirmou Hundt em declarações ao jornal Rheinischen Post, citadas também pela Lusa, comentando que "se as empresas estão bem, devem beneficiar também os seus empregados".

Em caso de nova quebra conjuntural, o presidente do patronato alemão propõe activar de novo a legislação no sentido da redução horária da semana laboral, conhecida como "Kurzarbeit", que permite conservar postos de trabalho e evitar despedimentos.

A Europa terá de “trabalhar no duro” para manter o modelo social, diz Merkel

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, considera que a Europa terá de “trabalhar no duro” para manter o seu muito desenvolvido sistema de benefícios sociais.

“Se a Europa representa hoje pouco mais de 7% da população mundial, produz cerca de 25% do PIB global e tem de financiar 50% da despesa social global, então é evidente que vai ter de trabalhar no duro para manter a sua prosperidade e modo de vida”, disse Merkel numa entrevista publicada na edição desta segunda-feira do Financial Times.

“Todos nós temos de deixar de gastar mais do que ganhamos no ano”, acrescentou. O diário financeiro britânico diz que Merkel ficou a um passo de sugerir um teto para a despesa social como um critério para medir a competitividade e acrescenta que a chanceler alemã acabou por sugerir como critério o crescimento da despesa social ligado ao envelhecimento da população. 

A chanceler alemã argumentou ainda que a chave para a capacidade de sobrevivência da Europa ao desafio da globalização é gastar mais em investigação e educação e rever os impostos e mercados de trabalho para restaurar a competitividade.
 

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