Relatório de Alda Sousa proporciona apoio a mil trabalhadores despedidos pela Nokia

14 de December 2012 - 0:22

O PE aprovou na sessão plenária de Estrasburgo um conjunto de sete relatórios relativos à mobilização do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização, destinado a trabalhadores vítimas de despedimentos coletivos, entre os quais o de Alda Sousa. O relatório da eurodeputada visa permitir a assistência a mil trabalhadores, vítimas de despedimento da Nokia em Salo, Finlândia.

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O relatório da eurodeputada Alda Sousa visa permitir a assistência a mil trabalhadores, vítimas de despedimento da Nokia em Salo, Finlândia.

Trata-se de uma importante decisão, não só por se traduzir num apoio à reinserção no mercado de trabalho dos trabalhadores que foram vítimas de deslocalizações, mas sobretudo por dar um sinal ao Conselho Europeu sobre a necessidade de manter este fundo num período de crise económica e financeira.

No conjunto dos sete relatórios está prevista uma verba de 24.272.840 de euros para ações de requalificação, que abrangerão 5.271 trabalhadores no total.

O relatório da eurodeputada Alda Sousa visa permitir a assistência a mil trabalhadores, vítimas de despedimento da Nokia em Salo, Finlândia. "A assistência do FEAG [Fundo de Ajustamento à Globalização] não pode servir para desonerar as empresas das obrigações que decorrem da lei e das convenções coletivas, nem para financiar medidas de reestruturação de empresas ou de setores", reiterou Alda Sousa. Além disso, "não pode ser usado para incentivar a substituição de contratos de trabalho permanente por trabalho precário" afirmou.

Os despedimentos em Salo, na Finlândia, e em Cluj, na Roménia, são resultado de uma decisão empresarial da Nokia de deslocar os seus locais de produção para a Ásia. "Em tempos de crise económica e financeira não podemos penalizar ainda mais estes trabalhadores, que já perderam os seus postos de trabalho em virtude da deslocalização", disse Alda Sousa.

Apesar de o governo Finlandês ser um dos governos que mais se tem aposto à aplicação e à manutenção deste fundo, a par de outros como, por exemplo, o sueco e o holandês, e apesar de haver pressões no Parlamento Europeu, para que não seja aprovado qualquer pedido de auxílio proveniente de deslocalizações ocorridas nestes países, o bom senso prevaleceu atendendo a que estão em causa os trabalhadores e não os governos.

Artigo publicado no portal do Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu