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Testemunhos das vítimas de brutalidade no Cuango

As testemunhas e vítimas da repressão no Cuango foram depor na investigação aberta pela justiça angolana mas recusaram-se a assinar o depoimento, por verem as suas declarações deturpadas pelos responsáveis da investigação. O caso foi arquivado dois meses depois.
Testemunhos recolhidos pelo site Makangola.org.

A violência e repressão nos territórios ricos em diamantes têm vários protagonistas: a empresa proprietária da exploração - Sociedade Mineira do Cuango - que por sua vez contrata uma empresa de segurança - a Teleservice - e o próprio exército angolano. A ligar esta teia de extorsão e violações dos Direitos Humanos em Angola estão os generais de Eduardo dos Santos, que detêm participações naquelas empresas.

A situação denunciada pelo jornalista Rafael Marques no livro "Diamantes de Sangue" - que os generais angolanos querem agora tirar de circulação - conta com relatos na primeira pessoa de vítimas espancadas pela segurança das minas em colaboração com o exército, e até por soldados das FAA.

É o caso dos garimpeiros Dmukeno Oscar Cabral, Ernesto Cassule Warabita e Jordan Muacabinza, que descrevem nestes vídeos os momentos difíceis que passaram nas mãos dos agressores que gozam de total impunidade para espancar, torturar e humilhar. Noutro depoimento, Linda Moisés da Rosa, perdeu os seus dois filhos, em apenas dois meses, às mãos dos militares e seguranças privados da empresa mineira.

Testemunhos recolhidos pelo site Makangola.org.

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