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Estudantes protestam esta segunda feira contra encerramento da Cantina Nova da Universidade de Lisboa

Um movimento de estudantes pelo Direito à Educação agendou, para esta segunda feira, uma concentração, pelas 12h, na Cantina Nova da Universidade de Lisboa, como forma de protesto contra o encerramento deste equipamento. Os estudantes reivindicam “o direito a refeições em qualquer cantina pública”.

O Movimento Artigo 74º, que surgiu após a Greve Geral de 14 de novembro, e que é composto por “estudantes de várias escolas e universidades, com percursos pessoais e políticos diferentes” que reivindicam o Direito à Educação, agendou para amanhã, segunda feira, uma concentração na Cantina Nova da Universidade de Lisboa em protesto contra o encerramento deste equipamento, que serve refeições a uma média de 700 a 800 alunos por dia.

Na convocatória publicada no facebook, os estudantes sublinham que “esta cantina presta um serviço fundamental aos estudantes” e que, se mesma fechar, “centenas de estudantes vão ser forçados a recorrer a bares privados mais caros, porque as restantes cantinas públicas também já estão sobrelotadas”.

Os estudantes, que reivindicam “o direito a refeições em qualquer cantina pública”, apelam à mobilização de todos/as, para que o encerramento da Cantina Nova, agendado para o final deste ano, não se venha a concretizar.

O vice-reitor da Universidade de Lisboa, Vasconcelos Tavares, citado pelo jornal Público, argumenta que a decisão “será favorável aos alunos da Universidade de Lisboa” e que a mesma surge depois de um estudo promovido no mês de setembro que revela que 80% dos estudantes que usufruem do refeitório são do ISCTE.

João Mineiro, da Associação de Estudantes do ISCTE, lamenta, por sua vez, que não tenha existido qualquer diálogo com as associações de estudantes. “As associações não foram consultadas, não sabemos qual é a posição do reitor no meio disto”, afirmou em declarações ao Público.

O dirigente associativo esclareceu que a cantina do ISCTE não tem capacidade para dar resposta aos alunos deste estabelecimento de ensino. “A avançar, esta situação irá obrigar os alunos a recorrer a bares privados ou a trazer comida de casa. Se os alunos já recorrem à Cantina Nova é porque existem sempre imensas filas e os cerca de 70 lugares desta cantina não conseguem suportar a procura”, alertou.

João Mineiro sublinhou ainda não compreender por que razão os alunos de uma instituição não podem utilizar o refeitório de outro estabelecimento. “Se um aluno estiver, por exemplo, a fazer um trabalho de campo ou um aluno de uma outra universidade pública quiser vir para a biblioteca do ISCTE está proibido de fazer a sua refeição numa instituição que não seja a sua?”, questionou, adiantando que, para si, “inserido numa lógica de rede de ensino público, isso não faz sentido”.

Entretanto, alguns alunos do ISCTE criaram uma página no facebook intitulado “Não ao fim da cantina”, que conta com perto de 600 seguidores, e estão a promover uma petição contra a extinção do equipamento.

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