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Estivadores prolongam greve até 5 de dezembro

Esta quinta feira, o Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul de Portugal apresentou um novo pré aviso de greve, prolongando a paralisação até ao dia 5 de dezembro. O executivo do PSD/CDS-PP decretou unilateralmente os serviços mínimos a serem garantidos até 28 de novembro.
Foto de Paulete Matos.

Na nota do Ministério da Economia é referido que a imposição de serviços mínimos durante a greve que se estende até 28 de novembro visa "mitigar os efeitos prejudiciais para a economia da greve naqueles portos” e que esta decisão “surge na ausência de um acordo entre operadores e as estruturas sindicais que entregaram os pré-avisos da paralisação". No documento é ainda assinalado que "os serviços mínimos hoje definidos estão em linha com o que foi acordado entre os operadores e os sindicatos a 26 de outubro, antecedendo um outro período de greve".

Até dia 28 de novembro, os serviços mínimos vão garantir “as operações que envolvam “medicamentos ou artigos de consumo hospitalar” e o transporte de “géneros alimentícios, produtos deterioráveis ou componentes sobressalentes para equipamentos de primeira necessidade”. Será ainda obrigatório assegurar “a carga e descarga, nos termos da lei, de animais vivos, mercadorias deterioráveis e bens considerados essenciais à economia nacional”, e também “a movimentação de cargas destinadas à exportação”.

Vítor Dias, presidente do Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal, afirmou, em declarações à Antena 1, que teria sido “preferível encontrar acordos por consenso, pelo diálogo, do que pela imposição”.

"Não era nada que não esperássemos face a toda esta situação. Quero lembrar que nós subscrevemos um acordo para os serviços mínimos para os períodos de greve e é importante que se diga que é uma greve parcial. A laboração dos portos está assegurada durante dois turnos", frisouVítor Dias durante uma entrevista à agência Lusa.

"É sempre preferível dialogar, encontrar soluções por acordo, por consenso. Parece-me que o governo nunca teve essa postura e agora os operadores também não têm essa vontade", adiantou ainda.

Vítor Dias recordou também que os protestos dos estivadores já duram “há mais de dois meses” e são “longamente conhecidos”, sendo que “no centro da questão continua o facto de o governo querer aprovar uma lei que precariza todo o setor portuário que põe em risco de despedimento de cerca de metade dos trabalhadores".

Esta quinta feira, foi emitido um novo pré-aviso de greve pelo Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal, Sindicato dos Trabalhadores de Aveiro, o Sindicato XXI e o Sindicato dos Estivadores, Conferentes e Tráfego do porto do Caniçal, na Madeira, que prolonga a greve até 5 de dezembro.

A Associação dos Agentes de Navegação de Portugal (AGEPOR) desafiou, entretanto, o governo a substituir os estivadores em greve por militares.

 

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