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Software livre na administração pública pouparia 100 milhões por ano

Se o Governo deixasse de financiar a Microsoft, que domina o mercado das licenças de software, substituindo-a por programas informáticos de código aberto, pouparia milhões e criaria emprego qualificado.
Foto newfilm.dk/Flickr

Segundo os cálculos feitos pela agência Lusa, em vez dos 169 milhões de euros pagos pelo Estado em 2010 em programas informáticos, a opção pelo código aberto poderia poupar até 70%, para valores que rondariam os 67 milhões, com a vantagem de serem pagos a empresas nacionais.

A agência faz ainda uma projeção no impacto no emprego, calculando que esse investimento poderia criar 335 postos de trabalho qualificado nas empresas de software de código aberto, que  podem ser adaptados e modificados sem restrições pelos utilizadores com conhecimentos técnicos para o fazer.

Os defensores deste tipo de programas dão exemplos de casos de sucesso na poupança do que atualmente se pode considerar um "imposto Microsoft" disfarçado na contas públicas. Por exemplo, a seguradora Tranquilidade optou por trocar os programas de marca em 750 computadores pessoais, reduzindo em 80% os custos nessa área.

A Associação de Empresas de Software Open Source Portuguesas, que reúne 24 empresas que dão emprego a 624 pessoas e faturam 114 milhões por ano, dá o exemplo de uma rede de hospitais em Copenhaga que poupou 5,3 milhões de euros ao optar por programas informáticos de código aberto. Gustavo Homem, presidente da Associação sublinhou à Lusa que o software aberto evita a saída de divisas do país e cria emprego altamente especializado, ao contrário dos programas de marca que são importados e em termos de emprego não vão além dos necessários para comercializar os produtos.

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