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"Este Orçamento não pode ser aplicado”

Catarina Martins diz que o Orçamento destrói o país e garante que, caso seja aprovado na AR e o Presidente não o envie para o Tribunal Constitucional, o Bloco arranjará forma de o fazer. A deputada denuncia ainda o discurso de “minimizar o aumento de impostos pela redução da despesa”, porque seria feito com cortes na saúde, na educação, nas prestações sociais, ou seja, com sacrifícios das famílias mais pobres.
Catarina Martins: "Todos percebem que esta inevitabilidade do ministro Gaspar é que é inviável, porque destrói o país”. Foto de Paulete Matos

O Bloco de Esquerda disse que se Orçamento do Estado passar na Assembleia da República, espera que o Presidente da República o leve ao Tribunal Constitucional, porque “é um Orçamento que aprofunda as desigualdades, as iniquidades, e não pode ser aplicado", disse a deputada Catarina Martins. Caso Cavaco Silva não o faça, o partido arranjará forma de recolher as assinaturas necessárias para o fazer, como já aconteceu antes.

"Este Orçamento do Estado não pode ser aplicado, porque destrói o país”, sublinhou. Catarina Martins sublinhou que a coligação PSD/CDS, e particularmente o CDS, têm falado da minimização do aumento de impostos através de cortes na despesa. “Ora estes cortes na despesa são cortes na saúde, cortes na educação, cortes nas prestações sociais – e temos já cortes no subsídio de desemprego e no subsídio por doença”. Portanto, esta minimização através de cortes na despesa representa "retirar mais rendimento às famílias, ou seja, sacrifícios sobre os mesmos e, mais do que isso, sobre as famílias mais pobres, que serão as mais afetadas pelos cortes nos serviços públicos", afirmou.

Para a deputada do Bloco, “se querem fazer cortes, então terão de ser nos juros. Não tem qualquer sentido um governo que está a destruir o país a bajular a troika para tentar ganhar o prémio do empregado do mês”.

E insistiu que a receita do OE 2013 não funciona, “aprofundá-la não tem sentido, a exaustão fiscal da economia e das pessoas é o pior dos caminhos", advogou. Catarina Martins afirmou que o Bloco de Esquerda, como sempre, vai apresentar propostas de alteração do Orçamento. “Temos uma visão diferente, não concordamos com a exaustão fiscal. Todos percebem que esta inevitabilidade do ministro Gaspar é que é inviável, porque destrói o país”.

Questionada pelos jornalistas sobre as divergências do CDS/PP em relação ao Orçamento apontadas pela comunicação social, Catarina Martins respondeu que o partido de Paulo Portas não pode tentar fazer de conta que é o partido da oposição ao Governo. "Essa é uma figura que não existe. Ou se está no governo ou não se está, o CDS está no governo que está a programar a maior subida de impostos de sempre", frisou.

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